terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Eu, que transformo sentimentos em palavras...



Devo falar que tenho medo?
E esse sentimento vem quando quer e toma conta de mim com tanta força? Amor...
Faz com que eu me sinta pequeno, com que me sinta fraco, sem as rédeas do meu próprio coração.
O que falar de algo que me faz chorar, me faz perder o sono, perder a fome?
O que falar de algo que não me deixa ver o tempo passar e nem saber o lugar que estou?
Devo falar... tenho medo!
Eu quero estar com você , estar em você, ter você.
E você? Me quer contigo?
O que falar de um sentimento que se disfarça?
Que veio há um tempo e me mostrou que não era o que eu pensava e que agora volta com a mesma intensidade?
Devo falar...eu tenho medo.
Tenho medo por que reconheço que o que sinto é amor.
E a incerteza de te ter ja se mistura com a dúvida de te perder.
O medo de perder...
Quantas vezes eu já perdi?
Quantas vezes eu dei meu coração para a pessoa errada?
E o que fazer agora que sei que posso ter a pessoa certa?
Lhe entrego o coração, fraco, frágil, com pequenos buracos?
Me lançar em seus braços, me prender em sua boca?
É tudo que mais quero.
Mas... e ele? E o coração?
Como saber se você vem para ajudar a fechar ou fazer mais um buraco?
Devo falar que tenho medo mas que ao mesmo tenho segurança?
Devo falar que saber que te amo me faz querer acordar?
Eu, que transformo sentimentos em palavras...
Queria te dar todas as palavras em todas as línguas que conheço.
Queria que esse medo não me dominasse.
Queria ainda que a certeza fosse a única coisa que tenho,
como tinha há um tempo atrás.
Você me faz andar na linha entre o amor e a dúvida,
me faz ir na sua direção até mesmo quando eu não quero.
Mas ir na sua direção é o que me faz respirar e ao mesmo tempo me faz perder o ar.
Me mostra que estou certo?
Me pega no colo e diz que agora estou seguro?
Com você ao meu lado, mesmo longe, não devo falar que tenho medo.
Devo falar que te amo, mesmo que o medo de falar te amo esteja aqui.
Esse é mais um poema falando de você, falando para você,
dizendo que estou aqui, tentando juntar os pedaços do que sobrou de mim
para te dar...
da maneira mais pura, mais sincera e mais sensível que posso.
Apesar do medíocre medo...!

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