sexta-feira, 30 de julho de 2010

Impetuosidade.

As vezes fico muito infeliz com a minha vontade de mudar o mundo e achar que todos merecem um lugar ao sol. Não que todos não mereçam, mas é que sempre seguro a escada para as pessoas subirem. Esse meu ímpeto de querer que as coisas dêem certo e acreditar piamente nisso, é que faz com que eu não analise bem as coisas, e as pessoas como elas são.
O resultado de tudo isso, é um desgaste físico e intelectual. É se sentir usado e mal aproveitado por tudo e todos, e sentir que, talvez não haja espaço para mim no mundo e que onde estive até hoje, foi por que me coloquei, muitas vezes sem pedir licença.
A vontade que dá, é jogar tudo pro alto e tratar a vida como ela merece que eu a trate. Deixando de lado a ética e os bons costumes, a compreensão de tudo a todo o momento. Talvez esse seja um grande erro e um grande defeito. As pessoas vêem este meu lado tão humanitário e compreensivo e abusam disso.
Fazem com que eu acredite, que eu me apaixone, que eu confie. Brincam comigo até onde eu aguento. Mas esqueçem que sou um escritor, e que também sei inventar histórias. E posso acabar com uma e começar outra sempre que eu quiser.

Elmo Ferrér

Tapas, lágrimas e palavras.

Tapas, lágrimas e palavras.




Estou sentado em frente a sua casa, esperando você sair, olhar no meu olho e dizer que não me quer ali.

Que não me quer em sua vida.

Espero um tapa, espero lágrimas, espero palavras que me cortem como navalha. Mas não me deixe nessa solidão.

Se me der um tapa, ao menos lembrarei como é sentir seu toque, mesmo que brusco, longe do afago que me dava, mas ainda assim, sentirei sua mão em mim.

Suas lágrimas podem cair como gotas de sangue, misturadas a todo o ódio e toda a revolta. Mas, lembrarei das nossas lágrimas caindo quase que em um mesmo compasso, enquanto trocávamos juras de amor.

Que venham as palavras, mesmo sendo mal ditas. Ouvir sua voz de novo vale o repúdio.

Por um momento, esqueci que você nuca mais sairá dessa casa. Por um momento esqueci que você não mora mais ali. Que esta longe de mim, tentando me esquecer nos braços de outro, que nem ao menos ama, mas ao menos, não odeia, como a mim.

Não me importa seu ódio. Enquanto ele existir, é sinal que ainda estou no seu pensamento.

Sou sim, um miserável, por nunca me agradar com seu amor, e hoje, mendigar até mesmo pelo seu ódio.

Deixe-me mendigar e enlouquecer aqui, sentado, te esperando.

Um dia você deixará de me odiar, e nesse dia, sei que não serei mais nada para você.

Mas hoje, o que me importa, é o que você é para mim.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Fábrica de mentiras.

Exitem pessoas que vivem com um personagem o tempo inteiro. Inventam situações, amizades, namoros, e uma vida que definitivamente não as pertence.
Quando você inventa histórias, qual o objetivo? Atingir alguém, mostrar uma falsa felicidade, ou se convencer que pertence a um mundo que só existe na cabeça de quem o cria?
Não seria melhor viver a vida com naturalidade? Aceitar os fatos e as coisas como elas são. Ou melhor, lutar para construir a vida que quer. Porque um dia, essas mentiras vem a tona, e não haverá mais histórias a se inventar.

@elmo_ferrer

Escrito nas estrelas.

Quase nunca tenho tempo de ver televisão, mas, agora que estou curtindo umas férias, vejo com mais frequência. Não há muito o que me agrade...programas de auditório chatos, com temáticas que visam apelar para chamar a atenção. Outra coisa, são as tragédias que tiram o sono, a fome e a esperança de cada um. Confeso que,é de fazer qualquer um se cansar, com tanta impunidade, com tanta falta de segurança. Na minha opnião, umas das poucas coisas boas que tem na tv hoje em dia, é a novela ESCRITO NAS ESTRELAS. Uma novela leve, bem escrita, inteligente, diria até, fraternal. É doce. Faz bem assistir. A nossa doutrina, espirita, é colocada de uma forma suave, sem denegrir a imagem um tanto massacrada que a religião tem. É emocionante. Sempre me emociono com a intepretação do Humberto Martins, nas cenas em que lembra do filho. Emoção na dose certa.

Escrito nas estrelas é uma das melhores novelas que já assisti, e todos os dias conto as horas para vê-la. Pena que nem sempre posso.

@elmo_ferrer

sábado, 24 de julho de 2010

Ser Humano.

Cada dia que passa, percebo que o ser humano vive em busca de sua evolução e, acima de tudo, de mostrar essa evolução para os outros. Em muitos casos, esfregar esse fato na cara dos outros em sinal de vitória ou superioridade. Vevemos em uma jaula, onde, por diversas vezes somos predadores e outras, presas.
Analisando fatos, conversas, comportamentos do ser humano - por curiosidade e por simples exercício, os atores tem disso- percebo que, na maioria das vezes, as pessoas não se contentam em guardar segredos pessoais para elas, e na primeira oportunidade, exibe seus dotes e conquistas para quem quer que seja. Isto, independe de ser para conhecidos ou estranhos.
Eu mesmo sou assim.
Mas, o que questiono é: até quando você se satisfaz com suas conquistas, ou, até quando você se satisfaz em ver os outros invejando suas conquistas?
Essa é a pergunta que não quer calar. Vejo pessoas fazendo questão de dizer que está feliz no casamento, ou no namoro, ou que arrumaram um emprego, ou que conheceram pessoas novas. Que foram para uma balada ontem, ou, que leram tal livro, ouviram tal música. E eu pergunto...pra quê? Você diz isso para quê? Por que todos devem saber?
Essa pergunta não se destina apenas a quem lê este pequeno artigo, mas também a mim, pois, faço isso todos os dias no twitter, no orkut, no facebook e no raio que o parta.
É viciante falar sobre o seu cotidiano. É interessante saber que alguém sabe o que fiz no dia de hoje e o que vou fazer amanhã. Só que, ainda não entendi por que isso é tão necessário e o porque não conseguimos parar de fazer isso. Algúem me responde?

@elmo_ferrer

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Go.

Há um tempo atrás li um livro, que aparentemente, pode parecer mais um livro. Capa simples, história louca, complexa, mas que, não sei o porquê que me fisgou tanto. E ainda pergunto...por quê?
Bem, talvez porquê é uma história bem contemporânea, diferente, uma trama que fisga sua atenção do começo ao fim. A sucessão de fatos, a revolta do personagem com o pai, o gosto pela música, as indecisões amorosas, a busca por liberdade...uffa, motivos não faltam. Me identifiquei com a história, acho que o personagem tem muito a ver comigo. As indecisões amorosas são o ponto alto de nós dois.
Acredito que, o que mais fez com que eu me identificasse com a história, é que sempre me achei ridículo por ter 26 anos e ter tantas indecisões, ser tão maduro e imaturo ao mesmo tempo. Mas, o personagem é uma anti-herói, não é politicamente correto, ensina a você que você não precisa viver a vida da maneira correta para ser feliz. Acho que foi isso. Era uma visão que eu tinha e que sempre achei que fosse errada, e que fosse só minha. E não é! Tem alguém no mundo-mesmo ficcionalmente- que me entende.

O livro é GO., de Nick Fareweel. Vale a pena conferir. Só não vai se apaixonar pelo personagem, porque ele foi feito para mim ta?

Beijo, me twitta;

@elmo_ferrer

quinta-feira, 22 de julho de 2010

É quinta!!!!

Como passa rápido heim? Caramba, hoje já é quinta-feira.
Passo hoje para desejar luz e pedir para que vivam. Vivam!
A vida é uma só e não podemos desperdiçar nenhum segundo.
É isso ai!  Vamos viver galera!

@elmo_ferrer

quarta-feira, 21 de julho de 2010

ÂNUS ELEITORAIS.

É minha gente, chegou o ano de eleição. Sim, eles sempre chegam.
É hora de pensar, analisar e decidir. Alguém aí faz isso? Bem, pois deveriam ok?
Olha, ta certo que o país ta uma merda, crimes, roubos, fome, miséria, cultura em baixa, criminalidade em alta, tudo bem, é difícil parar para analisar com tanta coisa acontecendo e o país parecendo que vai explodir. Mas, tenta gente, pelo menos tenta, analisar bem na hora de votar. Põe a cabeça no travesseiro e pensa na besteira que você fez há quatro anos atrás e tenta arrumar esse erro.
Não pense nas lentes dos óculos, nem nas dentaduras,nem nos tijolos , nem na cesta básica. Pensa como cidadão participativo e responsável direto pelo futuro do país.
Se alguém aparecer na sua porta te oferencendo uma cesta básica, aceite a cesta e não vote nessa pessoa, por que, para ela estar te subornando, bom elemento não é, né verdade?
Bem, fica ai o recado. Pensar com a cabeça, e não com a bunda, beleza???

@elmo_ferrer

Bons ventos.

Bons ventos sempre chegam caros amigos.
O vento pode vir forte, devastando tudo que encontra.

As vezes, podem ser sinal de uma forte tempestade.

Mais, nunca esqueça: Os bons, sempre chegam!

Mesmo que neste momento você esteja triste e sozinho.

Se os ventos que vieram para sua vida foram muito fortes, derrubaram tudo, devastaram, e trouxeram fortes tempestades, pense que, logo virá a brisa suave, sinal que tudo vai melhorar.



Seja feliz, bons ventos sempre chegam!

Os pedintes- Esquete.

ENTRA PEDINTE 1



PEDINTE 1- Boa noite meu jovem, minha jovem, meu senhor, minha senhora, peço desculpas de estar atrapalhando a viagem de vocês, é que eu preciso da ajuda de vocês, por que eu não trabalho, eu não estudo, eu não faço nada da vida, pra mim, só restou pedir, por que pedir é melhor que roubar. Senhoras e senhores, eu tenho muitos problemas de saúde, eu tenho um problema muito grave que me impede de trabalhar, quando eu nasci o medico disse pra minha mãe que eu não ia vingar, mais graças a Deus eu estou aqui, podendo contar esta historia pra vocês.Eu peço, encarecidamente que vocês me ajudem, Deus vai dar em dobro.



PEDINTE 2- Boa noite senhoras e senhores, eu gostaria de estar pedindo um minuto da atenção de todos vocês...



PEDINTE 1- Ei, eu cheguei aqui primeiro, da licença?



PEDINTE 2- E tem seu nome escrito aqui por um acaso? Tem? Onde ta seu nome, onde ta seu nome?



PEDINTE 1- Só que eu cheguei primeiro, se manda!



PEDINTE 2- Olhe meu filho, a situação não ta fácil não viu? Já é o quarto ônibus que eu entro e não levo nada, nesse eu tenho que levar algum trocado.



PEDINTE 1- Olhe,eu não vou me aborrecer porque eu não gosto de levar problema pessoal pro trabalho, deixe eu continuar... como eu ia dizendo senhoras e senhores, eu poderia estar nas ruas, usando drogas, mais eu estou...



PEDINTE 2- O meu filho Janio Quadros dos Santos esta vegetando em cima de uma cama gente, olhe pra esse homem, ele tem saúde...



PEDINTE 1- Minha senhora, eu já pedi pra senhora da licença, senão eu vou ter que partir pra agressividade.



PEDINTE 2- Além, de tudo gente, eu tbm estou sendo ameaçada por este outro pedinte que esta aqui, daí vcs vejam como é difícil a minha vida...



PEDINTE 1- Meu povo, vocês precisam me ajudar e não essa mulher, não é possível.. Gente, todo mundo aqui viu que eu cheguei primeiro.



PEDINTE 2- Mais onde que eu vou pedir esmola?



PEDINTE 1- Você vá pedir no diabo que te carregue, mais esse ponto é meu!



PEDINTE 2- Você não é homem pra me tirar daqui!



PEDINTE 1- Olhe, eu não vou descer ao seu nível por que é isso que vc quer, me tirar do sério.



PEDINTE 2- Gente, dia desses eu vi este homem falando no celular, vê se pode? Quando que já se viu pedinte ter celular? Este homem não precisa de ajuda não gente, ele é bem de vida!



PEDINTE 1- Olhe aqui minha filha, você se pique daqui vá se pique! Gente, essa mulher é uma falsa, eu conheço ela. Ela mora num bairro bom, ela bota os filhos dela pra pedir esmola e vai atrás de macho!



PEDINTE 2- Gente, olhe só, eu to aqui com a foto do meu filho , o Gerônimo...



PEDINTE 1- Não era Jânio?



PEDINTE 2- Quem pariu foi você? O filho é meu eu chamo do nome que eu quiser! Se feche!



PEDINTE 1 – Olhe minha filha, eu vim do nordeste pra cá, pensei que ia ter boa vida mais entrei pelo cano. Vê se não atrapalha meu serviço!



PEDINTE 2- Oxi, num foi só vc que veio do nordeste não viu? Ce veio da onde?



PEDINTE 1- São João do morro abaixo!



PEDINTE 2- Oxi menino, eu também sou de la!



PEDINTE 1- E é é? Peraínda, você não é prima de comadre Xica, filha de dona Nenzinca vizinha de Clotilde?



PEDINTE 2- Sou! E você é filho de Compadre Genésio, irmão de Maria, sobrinho de dona Jura?



PENDINTE 1- Sou!



PEDINTE 2- Menino, mais como o mundo é pequeno!



PEDINTE 1- E não é menina?



OS DOIS SE OLHAM DESCONFIADOS.



PEDINTE 1- Não vem com conversinha não, que me ponto ninguém toma!



PEDINTE 2- Olhe, você fique na sua e eu na minha, os passageiros vão ajudar quem eles ver que merece!



PEDINTE 1- Pois é! Como eu dizendo senhores passageiros, eu preciso muito da ajuda de vocês, eu tenho que voltar pro Codó!



PEDINTE 2- Oxi, que história é essa de Códó?



PEDINTE 1- E alguém conhece São João do morro abaixo por acaso? Então senhores passageiros, eu preciso voltar pro Codó, por isso estou juntando dinheiro!



PEDINTE 2- O meu problema senhores passageiros, é muito pior! O meu filho Vandeirson...



PEDINTE 1- Já é outro?



PEDINTE 2- Vai se lascar vai! Como eu ia dizendo, o...ja esqueci até o nome do menino...



PEDINTE 1- Vandeirson!



PEDINTE 2 – O Vandeirson! Vandeirson tem uma doença muito grave, ele tem conjuntamento nervoso pós traumático compulsivo antirábico...



PEDINTE 1- Gazes!



PEDINTE 2- Olhe, ce fique na sua, num atrapalhe meu trabalho que vc não sabe como foi difícil decorar esse nome! Vandeirson senhores passageiros precisa tomar um leite de cabra francesa, que custa 70 doláres!



PEDINTE 1- Que chique!



PEDINTE 2- Por isso, eu entreguei este papel com a foto do meu filho para vocês verem...



PEDINTE 1- Mais não da pra ver nada, ta tudo preto!



PEDINTE 2- Olhe o preconceito! Vandeirson é escuro assim por o pai dele era Africano... mais como eu ia dizendo, o Vandeirsom não anda, não fala, não ouve, não come, não bebe, não enxerga, não respira, não faz nada meu filho!



PEDINTE 1- Por que não enterra?



PEDINTE 2- Olhe, você é um miserável! Isso é coisa que se diga de uma criança indefesa?



UM ATOR APARECE, É VANDEIRSON.



VANDEIRSON- Mãe eu to cansado de ficar sentado la na escada!



PEDINTE 2- Pois volte e sente seu traste, va Vandeirson, vá!



PEDINTE 1- Oxi, olhe pessoal, esse aqui é o Vandeirson! Ele não tava vegetando?



PEDINTE 2- Mais ele ta vegetando!



VANDEIRSON- To?



PEDINTE 2- Ta infeliz, vc ta!



PEDINTE 2 DA UM CHUTE EM VANDEIRSON QUE CAI.



PEDINTE 2- Olhe só pro estado do meu filho senhores passageiros, olhe! Isso não é vida!



PEDINTE 1- Mais é uma pilantra mesmo!



PEDINTE 2- Pilantra é sua mãe!



OS DOIS COMEÇAM A DISCUTIR ATÉ QUE SÃO INTERROMPIDOS PELA PEDINTE 3.



PEDINTE 3- AO TELEFONE- Olhe Andressa Michaely, você pegue o primeiro ônibus que aparecer, diga que tem 11 irmãos. Não Andressa Michaely, não aceite pequi, é só dinheiro, dinheiro! Ai de você se não voltar com pelo menos vinte real, vc vai dormir na rua! Eu te boto pra fora infeliz!



PEDINTE 3- Senhoras e senhores, eu sou uma mãe desesperada...



PEDINTE 2- Ah não, era só o que faltava!



PEDINTE 1- Mais uma não meu Deus!



PEDINTE 3- Ouço vozes? Deve de ser os cachorros latindo!



PEDINTE 2- Cachorro, você vai ver quando eu sentar a mão na sua cara!



PEDINTE 3- Oxi minha filha, eu te conheço por acaso? Eu vim aqui pra trabalhar!



PEDINTES 1 E 2- Nós também!



PEDINTE 3- E eu com isso? Senhoras e senhores, eu tenho 11 filhos...



PEDINTE 1- Meus Deus! Ce gosta de parir em filha?



PEDINTE 3- Como eu ia dizendo, eu tenho 11 filhos e meio, por que meu filho mais novo nasceu sem as pernas. Ele era pra ser um aborto mais acabou não dando certo!



PEDINTE 2- Minha filha, mais vc já parece um aborto meu bem!



PEDINTE 3- Olhe minha nega, eu não vou responder seus desaforos porque eu tenho classe!



PEDINTE 1- Mais tem cada urubu querendo ser pombo...



PEDINTE 3- Qualquer quantia que vocês derem vai ser de grande valia!



PEDINTE 2- Eu tenho 5 centavos serve?



PEDINTE 3- Você pegue seus 5 centavos e enfie...



1 E 2- Óooooooo!



PEDINTE 3- Ta pensando o que minha irmã? Eu sou pobre mais sou digna! O que eu vou fazer com 5 centavos?



PEDINTE 1- Olhe, eu acho melhor eu ir embora porque a maré aqui não ta pra peixe, é muita concorrência neste país!



PEDINTE 2- O que ta acontecendo é ninguém respeita mais o espaço do próximo, gente, a gente tem que saber se organizar!



PEDINTE 3- É por isso que eu estou formando uma cooperativa dos pedintes de rua. A gente faz um cadastro dos pedintes e organiza hora, ônibus e esmola a ser pedida! Aproveitando, ta aqui, meu santinho. Eu to me candidatando a vereadora.



PEDINTE 1- Por uma esmola digna, vote Magda, a pedinte do povo!



PEDINTE 3- É isso mesmo.



PEDINTE 2- Era só o que faltava, mais é cada uma que me aparece!



PEDINTE 3- Olhe, se eu ganhar, eu vou dar um estoque enorme de adesivos, canetas e chaveiros pra cada eleitor, assim, você vai poder vender no ônibus e ganhar o pão de cada dia!



PEDINTE 1- E eu sou lá homem de ficar vendendo coisa em ônibus, olhe pra mim, prefiro pedir! Falando nisso, eu vou descer aqui, acho que não tem ninguém na frente daquela igreja. Vou ver se consigo alguma coisa!



POE UM DISFARCE E SAI.



PEDINTE 2- Sinceramente viu, não sei o que deu na sua cabeça. Abandonando a classe. Metida! Vamos João! Vamos ver se a gente consegue aquela cadeira de rodas!



JOÃO- Pra quem mainha?



PEDINTE 2- Pra quem...pra vc né bicho burro, esqueceu que nas Terças e quintas você é paraplégico?



JOÃO- Ah é!



PENDINTE 2- Para na próxima motora que eu vou descer! Vamo infeliz!



PEDINTE 3- Olhe, não da pra entender, sinceramente. Esse povo não gosta de ver ninguém prosperar. Quem melhor do que pra entender o problema do povo, pra entender de miséria? Eu sou a cara do Brasil meu povo. Olhe, se vocês votarem em mim eu juro que eu dou uma marmita pra cada um.



O TELEFONE TOCA.



PEDINTE 3- É o que Andressa Michaely? Como? Menina eu já não falei, se alguém perguntar onde você mora é pra dizer que vc não sabe? O quê? Cesta básica? Eu já disse que a gente não é morto de fome. Não Andressa, só dinheiro, e trocado de preferência.(a parte) Sinceramente, a gente bota filho no mundo pra ter um futuro e os infeliz faz tudo errado...Andressa, você já teve a convulsão? Então tenha logo. Diga que é de fome...



VAI SAINDO E FALANDO.

Sobre Adão e Eva...

Como todos sabem, Deus criou do barro o homem, e depois que percebeu que ele não poderia viver sozinho, tirou dele uma costela e assim, criou a mulher.

Pois bem.

A julgar que todos somos descendentes de Adão e Eva, a história volta a se repetir.

Mais dessa vez, Deus foi um pouco mais justo, e deu para a mulher mais do que uma costela.

Supondo que eu sou Adão, e tu sejas Eva, ele tirou de mim a minha alma, e colocou a sua no lugar. Arrancou meu coração e o deu para você! Deu-me dentes, e um sorriso, para que eu pudesse mostrá-lo sempre que a visse. E colocou gotas tiradas da essência das mais brilhantes estrelas em meus olhos, a fim de brilharem ao te ver.

No meu pensamento, colocou fatos e memórias que lembrassem sempre você.

Deu-me o tato, para poder te sentir.

O olfato, para sentir seu doce perfume.

Deu-me pernas, para que eu corresse sempre na sua direção.

A serpente do amor, lhe deu o dom de me dar um beijo. E ao tocar meus lábios ao seu, cometi o mais inocente dos pecados: amar-te!

Ao contrário do que aconteceu com nossos ancestrais, não fomos expulsos do paraíso, e sim, obrigados a amar um ao outro pelo resto de nossas vidas.

E Deus, na sua infinita bondade e magnitude, ao lançar sobre Eva a sentença que ela seria dominada pelo seu marido, conosco, ao ver o quanto é belo nosso amor, ordenou que nossa relação fosse dominada pelo amor, o único que rege a nossa vida para sempre.

Não sentimos vergonha de estarmos nus, pois nos despimos de qualquer mágoa, desconfiança, tristeza, inveja, ou ciúmes. Estamos de corpo aberto, entregues um ao outro de corpo e alma.

Deus permitiu que pudéssemos morar um dentro do outro. E como ele mesmo ordenou, o pó que fomos feito, será o que viraremos no fim. Mais, ao rajar do mais forte vento, esses “pós” se misturarão, até que ninguém saiba quem sou eu e quem é você. E então voltaremos a ser um novamente. E assim será por toda eternidade.

Sobre Adão e Eva...

Como todos sabem, Deus criou do barro o homem, e depois que percebeu que ele não poderia viver sozinho, tirou dele uma costela e assim, criou a mulher.

Pois bem.

A julgar que todos somos descendentes de Adão e Eva, a história volta a se repetir.

Mais dessa vez, Deus foi um pouco mais justo, e deu para a mulher mais do que uma costela.

Supondo que eu sou Adão, e tu sejas Eva, ele tirou de mim a minha alma, e colocou a sua no lugar. Arrancou meu coração e o deu para você! Deu-me dentes, e um sorriso, para que eu pudesse mostrá-lo sempre que a visse. E colocou gotas tiradas da essência das mais brilhantes estrelas em meus olhos, a fim de brilharem ao te ver.

No meu pensamento, colocou fatos e memórias que lembrassem sempre você.

Deu-me o tato, para poder te sentir.

O olfato, para sentir seu doce perfume.

Deu-me pernas, para que eu corresse sempre na sua direção.

A serpente do amor, lhe deu o dom de me dar um beijo. E ao tocar meus lábios ao seu, cometi o mais inocente dos pecados: amar-te!

Ao contrário do que aconteceu com nossos ancestrais, não fomos expulsos do paraíso, e sim, obrigados a amar um ao outro pelo resto de nossas vidas.

E Deus, na sua infinita bondade e magnitude, ao lançar sobre Eva a sentença que ela seria dominada pelo seu marido, conosco, ao ver o quanto é belo nosso amor, ordenou que nossa relação fosse dominada pelo amor, o único que rege a nossa vida para sempre.

Não sentimos vergonha de estarmos nus, pois nos despimos de qualquer mágoa, desconfiança, tristeza, inveja, ou ciúmes. Estamos de corpo aberto, entregues um ao outro de corpo e alma.

Deus permitiu que pudéssemos morar um dentro do outro. E como ele mesmo ordenou, o pó que fomos feito, será o que viraremos no fim. Mais, ao rajar do mais forte vento, esses “pós” se misturarão, até que ninguém saiba quem sou eu e quem é você. E então voltaremos a ser um novamente. E assim será por toda eternidade.

E ela baila...

Ela baila sem parar pelos quatro cantos da vida.


Ela dança, ela encanta, entoa melodias, faz rir com o riso leve de quem acaba sempre de descobrir o quanto a vida é bonita.

Ela dança...

Seu pés cansados sustentam seu frágil corpo, e sua alma triste, bela, doce e misteriosa resplandesce. Ele é leve.

Ela encanta. Mexe as mãos com delicadeza, gira um giro suave, quase em câmera lenta, para que todos possam vê-la e adimira-la por todos os ângulos.

A bailarina dança, sorri e chora.

Quem conhece sua alma frágil se encanta...

fragilidade e força se encontram. Desse choque, luzes surgem.

Luzes que percorrem seu corpo, luzes que banham sua alma, luzes que saem do interior, do exterior, luzes que a tomam, que a vestem. Luz, pequena bailarina.

Dance sempre, a luz da lua. Empreste seu brilho a ela. Dance e esqueça que a vida nem sempre é mãe, as vezes, madrasta. Mas que a vida é sua. E sua vida faz parte da vida de muitos, que te amam ,que te cercam, que te querem bem, que dançam junto com você, nessa melodia suave que não acaba jamais.

Dance...



*para minha querida amiga, Ju Lima.

Black Power


Olá amigoss.
Apresento a vocês meu novo projeto: Black Power. Infelizmente não vou entrar muito em detalhes, para preservar a autenticidade e evitar cópias,rss. Mas adianto que é meu novo livro, e que conta a história de um grupo de jovens negros que recebem poderes dos orixás, e lutam para fazer justiça.
Bem, fica ai a dica. Quando for lançado, leiam meu livro ta?
Beijão

@elmo_ferrer

domingo, 18 de julho de 2010

Teatro,corpo, rítmo e entrega.

Hello, estou um pouco sem inspiração e tempo para escrever, perdoável, já que estou me dedicando muiiiiiito ao meu livro e ao roteiro de O Reino. Enquanto o tempo e a inspiração não vem, encho-lhes de besteiras sem sentido que não acrescentam em nada na sua vida.
Bem, vou falar sobre o hoje.
Tivemos ensaio da peça O reino. Fiquei tri feliz por que consseguimos dar nosso máximo e a peça tá ficando linda. Realmente, como já me disse alguém, o ensaio é fundamental, em tudo. É muito bom quando você vê a sua criação e suas criaturas criarem vida nas mãos de outros. É escitante.
Também, é minha estréia como diretor. Sempre dirigi, mas na maioria das vezes, sempre atuei no que dirigia. Agora, sou apenas diretor. É ótimo, ter o domínio da cena, pder desenha-la. Mas, ainda é difícil, já que minha foramação é interpretação. Mas vou poder exercer esse ofício logo, pois estamos montando Me & Mr. Jones, sob a direção de Luh Rodrigues. No elenco, eu e Paula Durval.

Bem, é isso. Sempre estou aqui e por ai, no orkut, no msn, no twitter. Sou completamente ON.

Beijos Brasil!

@elmo_ferrer

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Entretenimento.

CÉLEBRES.

Eles ditam estilo. São referências de opinião, moda, personalidade...
As celebridades são o que podemos chamar de "Pobres meninos pobres". As vezes chega a dar dó. Eles se espõem de tal maneira, que acreditam que quem os vê, por mais inocente que sejam, não percebem que o que eles querem é notoriedade. A série " A vida alheia", está mostrando bem isso. As pessoas que fazem de tudo para aparecer e que depois ainda pedem para preservarem sua vida pessoal.
Hoje passei na banca e vi na primeira capa da revista, o ex da Danieli Winits- não sei se é assim que se escreve, e não quero saber, rs- falando sobre a separação e do lado, uma foto dela com um ator revelação de...20 anos? Não sei também. Enfim. Gente, ele é o ex dela, e ela... é ela não é? O que restou para ele agora? Ela taí, no ar, com seu emprego garantido. E ele? Não sei o que faz da vida. Mas, agora, que a maré baixou, foi pra primeira revista que apareceu contar tudo. Claro! Só restou isso. Acredito eu, que se você vasculhar essa mesma revista, de meses atrás, vai ver alguma declaração dele com a famosa frase: Não falo da minha vida pessoal! Bem, no fim ,como diz Moacyr Franco: Tudo vira bosta.
Os consumidores dessas celebridades, claro, somos nós, que damos audiência para isso.
É triste ver meninos e meninas que não fazem nada da vida, com a utopia de virar ator e atriz para terem essa vida, de capa de revista. Mal sabem eles, que a profissão é muito, muito além de capas e capas. Que aqueles que estão lá, são uma minoria dos atores do Brasil que conseguem notoriedade pela profissão que exerce, e não, pelos escândalos que estão envolvidos. Saber da vida alheia é bom , quem não gosta? A importância que você vai dar a ela é que é o diferencial. E que venham as notícias...

@elmoferrer

Gente como a gente!



Passa rápido! As férias estão acabando e logo vamos nos ver novamente. É, eu sei que todo mundo pensa:  -  Ah, galera de faculdade é tudo igual, se amam, se adoram, mas logo estão brigando, se odiando...
Cara, não sei se vamos um dia brigar, se odiar, mas estamos vivendo este momento, que diga-se de passagem, é bom, é gostoso. Somos unidos, compartilhamos de idéias e vontades parecidas, somos irmãos de arte. Filhos de Dulcina, que com certeza, vibra com nossa alegria em frente a faculdade todas as manhãs, fazendo algazarra. Somos assim, intensos, alegres, isso,ninguém nos tira!
Adoro vocês colegas da DuDu.
Que venha Agosto!

@elmoferrer

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Deixe-me chorar...

São tantas coisas a dizer...


Antes, deixe-me apenas chorar. Preciso libertar essa represa que se transformou minha alma.

Nessas lágrimas, vão-se todas as letras das músicas e das poesias que escrevi para você.

Vão-se todas as cartas de amor e todas as juras sinceras.

Me espere chorar. Isso pode levar um tempo, mas logo acaba.

Depois de tanto tempo chorando, é incrível que ainda existam lágrimas.

Existem. Persistem.

Deixe-me viver esse pequeno momento. De sentir tudo evacoar.

São coisas guardadas durante tanto tempo, e que já haviam se tornado parte de mim, de tão íntimo, de tão triste...

Deixe-me chorar.

Deixe eu sentir minhas lágrimas caindo e imaginar suas mãos suaves enxuga-las.

Essa lágrima que caiu agora, é pelos dias de amor, de trocas eternas de amor na nossa cama, hoje, minha.

Mais uma lágrima cai, e sinto meu peito a se esvaziar. Agora, foram junto com elas as palavras mal ditas, as decepções e as contradições.

A sensação de vazio se tornou maior, elas eram o que mais enchiam o meu peito. Elas eram o que mais sustentavam o rancor que sentia por você. Agora, elas se vão. Cairão no chão, serão absorvidas pela terra que um dia, comerá esse corpo agora tão pesado de tantas lembranças. Mas logo leve.

Essas últimas lágrimas, deixo para a saudade. Não vou desperdiça-las de uma vez, ainda preciso guarda-las pois certamente, elas ainda cairão, por muitos dias, por muitos anos, talvez eternamente.

Saudades das palavras. Que por um momento, foram verdadeiras dentro do meu imaginário tão infantil e tão adulto, dependendo do que foi dito.

Saudades daquelas letras que cairam a um tempo. Precisaram ir em lágrimas, mas ainda estão em lembranças.

Lembranças não se derramam.

Meu peito esta vazio, minha alma leve.

Tudo que precisava ser liberto, assim o foi.

O pouco que me restou, lembranças, deixo agora aqui escrito.

Se um dia eu esquecer, ou você esqueçer, poderemos encontrar aqui.

Um pouco da nossa história, de mim, de você.

Deixe-me chorar. Agora, aquelas ainda guardadas, lágrimas de saudade.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Till It Happens To You- Até que aconteça com você. Corinne: Poesia em forma de música.

Eu sei que o que eu disse
Foi no calor do momento
Mas existem pequenas verdades entre as palavras que dissemos
Agora é um pouco tarde para consertar o coração que foi quebrado
Por favor, não me pergunte onde estou indo
Porque eu não sei
Não, eu não sei mais

Costumava parecer o Paraíso
Costuma parecer Maio
Eu costumava ouvir aqueles violinos tocando nossa música como uma sinfonia
Agora eles foram embora
Ninguém quer encarar a verdade
Mas você não acredita o que o amor pode fazer
Até que aconteça com você
Até que aconteça com você

Cheguei ao velho flat
Achei que estava tentando fazer o relógio andar para trás
Como pode nada parecer o mesmo agora quando estou com você
Nós costumávamos ficar acordados a noite toda na cozinha
Quando nosso amor era novo
Ah! Amor, como eu fui tolo em acreditar em você
Porque eu não sei
Não, eu não sei mais

Costumava parecer o paraíso
Costuma parecer Maio
Eu costumava ouvir aqueles violinos tocando nossa música como uma sinfonia
Agora eles foram-se embora
Ninguém quer conhecer a verdade
Até que suas asas quebrem
Você não ousa cortar-lhe
O que você pensa fazer
Até que eles superarem
Você só vai aprender essas coisas
De sua experiência
Quando você ficar mais velho
Eu só queria que alguém tivesse me dito

Até que aconteça com você

Até que aconteça com você

Até que aconteça com você

Arrependimento.

Ela caminha descalça. Pedras, galhos e espinhos machucam seus pés. Mas ela não sente. A dor no peito é tão grande que faz qualquer outra insignificante. E vem novamente a lembrança que não a deixa em paz. Se podesse escolher, teria fugido, teria evitado. Mas o coração não deixou, queria ter ele.
Sempre foi feliz ao lado de Marcos. Por que o machucou tanto?
André a instigava, tanto a ponto de fazê-la trair o homem da sua vida. Era só um impulso natural, queria saber o que realmente queria, o que seu coração queria. Por que Marcos chegou na hora? Essas coisas acontecem tão inesperadamente. A hora errada, o momento errado, a pessoa errada. É Marcos que ela ama, não vai suportar perde-lo.
Ele saiu sem dizer nada, ela pediu desculpas,queria se justificar. Ele não quis ouvir, só quis sair. André tentou consola-la, mas nada mais adiantava. Com lágrimas nos olhos ,ela pediu para ele nunca mais a procurar. De hoje em diante, iria fazer o impossível para provar ao seu grande amor, o quanto queria ele na vida dela, e faze-lo voltar.
Ela procura por ele por entre becos, lugares que frequentavam juntos.
Ela procura por ele nos discos que escutavam juntos, nos livros que gostavam.
Ela procura por ele nas cartas apaixonadas, nas poesias que escrevera.
Ela procura por ele a noite em sua cama, agarrada ao travesseiro.
Ela procura por ele...
Na noite fria, andando descalça, roupa molhada, cabelos ao vento,ela senta no alto da colina onde juntos, viam o pôr do sol e onde trocavam juras de amor.
E pensou que momentos bons não podem ser desperdiçados.
Que não vale a pena correr o risco de perder um grande amor por uma aventura.
E que quem ama, não trai.
E que o pôr do sol todos os dias acontece,
mas um grande amor, é para sempre.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Caminhante.

São caminhos longos e dífícies. Há muitas pedras, mas são pedras preciosas que vou recolhendo e guardando. Um dia, elas serão minha lembrança e incentivo para não desistir nas horas amargas.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Carta a um escritor.

Escrever para mim é fugir deste mundo tão complexo. É criar e expôr minhas complexidades. É poder inventar uma nova realidade a cada dia e dizer não a toda essa loucura chamada terra.


Penso em escrever sempre. Todo dia, toda hora. Quando assisto aos jornais, cansado de tantas mortes, violências, crimes. Quando participo de rodas de conversas onde o único papo é a vida alheia. Quando penso em morrer, ou em chorar. Tudo viram letras. É isso que me mantém vivo dia após dia.

Nós escritores temos esse poder, que muitos tem na mente, mas que não conseguem passar para o papel. Podemos nos reinventar. Ser fênix a cada texto novo. Criar personagens que podem dizer o que querem e fazer o que querem, principalmente quando nós não podemos. Que pensem que somos loucos, sitemáticos, individualistas, egocêntricos. Podemos ser quem quisermos. As letras nos dominam de tal forma que nos sentimos livres para pensar e expôr. Somos escravos dos sonhos. Almas que não conseguem se prender a essa prisão chamada corpo e quer voar. No fim, sempre tudo se transforma em letras. Letras, letras e mais letras. Misturadas a lágrimas, sentimentos, angústias. Letras que nos movem. Agradecemos a nossa imaginação, válvula de criação, e a todas as vogais e consoantes, que são nosso instrumento de trabalho e que sempre estão a nossa disposição.

Falo em meu nome, e em nome de todos os escritores. Somos tão diferentes, com estilos diferentes, mas a mesma maneira de ver o mundo. Com os olhos dos livros.

E tudo flui.

domingo, 11 de julho de 2010

Esquerdista.

Sempre fui de esquerda. Para você ter um idéia, nasci canhoto.

Memória independente.

O que me prende a você é algo que nós temos em comum: a memória. Essa, não pode ser evitada, a menos que aconteça um acidente e que eu venha a perde-la. Por enquanto, tenho que conviver com essa tentativa frustrada de perde-la a cada dia.  Isso não depende de mim. Ah, se dependesse...
Não é que te lembrar me faz mal, não. É bom lembrar de tempos bons. Vivemos coisas bonitas juntos, e que me fazem falta. Te respeito. As vezes penso que quero você de volta. Mas é a memória que te traz, involuntariamente. Ela é maior que minhas vontades. É independente. Sempre fatos corriqueiros fazem com que ela recorra a você. Acho que ela te ama ainda, não meu coração.
Desejo tudo para você, para sua vida, mas é uma página que realmente quero virar, que peço a Deus que me faça virar...apesar dessa memória chata que tenta me provar o contrário. Sei que vou conseguir, vou perder a memória...

Reticências...

Há um vácuo entre nós. A história ainda não acabou,não foi concluída. Sempre que nos vemos fica esse espaço, essas palavras cortadas por risos tímidos que sabemos que querem dizer algo que tememos dizer. Fica essa incógnita. Nos queremos ainda? Então falamos de outra coisa. Ambos sabemos que é para evitar o assunto que queremos falar. Complicado não é? Amar é complicado. Bem complicado. E é sempre assim. Vamos para nossos lares, fica aquela pergunta no ar, vem a depressão, a tristeza, a melancolia, a nostalgia.
Até quando isso vai continuar? Quero virar essa página, mas ao mesmo tempo, quero você...

Vidas Inventadas

Ele sempre sentava em um banquinho embaixo da árvore mais antiga da praça. Linda, grande, sombra boa...no tronco, desenhos de corações apaixonados. Alguns feitos por eles e Ana. Desde que ela falecera, sua rotina cotidiana se resume a isso: sentar-se embaixo da árvore. Nem bem chega, crianças que brincam na rua logo o rodeiam. É hora da história. Ao abrir o grande livro de capa dourada, tão velho quanto ele, personagens mágicos saem e se fazem vivos dentro da imaginação de quem as ouve. E são inúmeros. O menino que matou um dragão, a menina que virava fada, o cachorro que falava, o homem que virava boto...inúmeras.
Mais um dia se finda, as crianças precisam tomar banho, comer, jantar, dormir... E ele, no seu monólogo cotidiano de fim de tarde, sentar-se na poltrona da sala em meio a porta- retratos. É sempre assim: senta-se, e começa a contar histórias para ele e para as imagens de Ana. Foi assim que ele a conquistou. E é isso que o mantém vivo, além da esperança de logo vê-la. Em seu livro, não há nada escrito. Ele não sabe ler. Todas as histórias que conta são inventadas, fantasias de sua criança interior.
Ele espera pacientemente sua hora chegar abrindo o livro e começando uma vida nova a cada dia.

sábado, 10 de julho de 2010

Resenhas: Vidas inventadas.

É uma peça infantil que conta a história de um homem que gosta de contar histórias para crianças. Essas histórias são retiradas de um velho livro que ele sempre carrega. A medida que conta, personagens ganham vida. Mas, há um grande mistério que envolve esse homem, que atrae a curiosidade das crianças e faz com que elas começem a investigar a vida desse tão adorável e misterioso senhor.

@elmo_ferrer

Resenhas: O reino

Este texto escrevi a um mês. Será montado pela Trupe Bando de Artes, assim espero.

" Maria é uma mulher por volta de 22 anos que se veste e se comporta como criança. Perambula pelas ruas com uma boneca de pano num monólogo de recordações ainda não tão claras. Diálogos com sua boneca são constantes, principalmente ao lembrar da mãe. Ela vê uma silueta em um beco escuro e ao segui-la, encontra a bailarina da sua caixa de músicas, que a convida e relembrar o passado e enfrentar todos os seus traumas. A partir daí, se desenrola uma trama supreendente, onde brinquedos empueirados falam e viram vários personagens que fizeram parte da vida  de Maria, como o padrasto molestador e a professora preconceituosa. Agressões, pedofilia, humilhações e opressões são relembrados com muita dor pela personagem. Até ela descobrir o desfecho que a fez perder completamente o sentido da realidade.

@elmo_ferrer
Vampiros estão bombando. Nunca se viu em tão pouco tempo um fenômeno tão grande, tão rápido, tão massificador.
Adolescentes do mundo inteiro se contorcem sentadas nas poltronas dos cinemas de tanto prazer em ver um filme tão belo, com atores tão preparados fisicamente, e claro, genéticamente.
Pergunte a uma adolescente sobre o que ela achou do filme, e ela te dirá: -Lindo! Ele é lindo. Tem uns músculos maravilhosos, uma boca linda, olhos lindos...lindos! Ah!
A pergunta que não quer calar é: o que importa no filme? A história ou os atores? Por que o filme faz tanto sucesso?
Temos os adolescentes que amam o filme, mas vêm nele a continuação do livro que eles leram e gostaram. Já outros, nem ao menos sabem a história, mas vão ao cinema assistir por que está na moda e porque os atores são bonitos e "gostosos". Até entendo um adolescente que não conhece esses filmes, que nem sabe a história, muitas vezes não sabe nem o título direito. Deve ser muito difícil ficar por fora do assunto do momento. Não se massificar é muito difícil nos dias de hoje, é quase uma obrigação para quem é jovem. A massa envolve mesmo os que não querem ser inseridos, e quem é de outro estilo, erudito ou popular, acaba se rendendo de alguma maneira.
O fato é que a cada dia, no meu ponto de vista, os estilos estão se misturando, ou, se perdendo. E isso, para quem é adolescente, é mais fácil. Os filhos bem criados, nascidos em berço de ouro "dão" seus pescoços a essa febre, e os filhos dos pobres, também. Nessa hora não há separação de classe. Vampiros não se importam com isso.  O que eles querem mesmo é sangue, e dinheiro, claro.

@elmo_ferrer

A montanha.

Naquela noite chuvosa, o silencio predominava na casa dela. Percorrendo os corredores, apenas velas acesas e as sombras espectrais. Mais o que era silencio, foi cortado por pequenos sussurros vindo de dentro do armário. Ela estava sentada, debruçada. Aquele era seu lugar preferido desde que foi para aquela casa. Era lá que ela esperava a raiva passar, que reclamava de tudo e que conversava com seu amigo imaginário. Um dia, acreditou ter visto uma luz, o que julgou ser uma pequena fada. Besteira,ela não acredita em fadas. Ela não acreditava em nada.


Quando saiu, não viu nada. Passou pelo corredor dos espíritos. Ela assim o chamava, devido as sombras das esculturas refletidas pela luz das velas a noite, o que dava uma sensação de terror indescritível a ela. Ela percebe que seu vestido branco estava manchado de sangue.Ela estava descalça. Depois de tudo que lhe acontecera desde o começo da noite, calçar os sapatos definitivamente, não era de grande importância.


Ela procurou por todos, gritou, não obteve respostas.


Ela entrou nos quartos, foi até a sala . Nada. Apenas o silencio.


De repente, um forte vento entrou pela janela da sala, e como uma correnteza, percorreu os corredores, apagando as velas. Escuridão Ela gritou. Não sabia ser um grito de susto ou de medo, talvez os dois. O que parecia ruim, agora se tornara pior. Ela apenas ouvia o seu coração, batendo tão forte, como ela jamais tinha visto. Ela procurou se apegar as coisas que estavam próximas, tentando se localizar. Foi quando ela sentiu aquela mão gelada no seu tornozelo. Ela gritou, chutou e correu. Seja lá de quem era aquela mão, era gelada e pegajosa.


Agora, ela corria, sem olhar pra trás. E enquanto corria, chorava. E enquanto chorava, pensava.


Naquele início de noite, a lua estava escondida por nuvens feias e os pássaros voavam baixo. Aquela mulher, que ela não sabia ser ou não sua mãe estava preparando o jantar e seu pai, que ela também duvidava ser, tocava o piano. Ela, brincava com seu amigo imaginário no balanço, que ficava na única árvore daquela montanha onde morava. Ela não se lembrava como eles foram morar ali, apenas, que nunca recebiam ninguém, e que nunca lembrou de conhecer alguém ,além do seu amigo imaginário.


Ela não acreditava pertencer aquele lar, e também nunca se sentiu filha dos seus pais. Algo neles a incomodava, ela não conseguia ama-los. Sua mãe era alta e magra, seu pai também. Ela chorava todos os dias. Não gostava mesmo deles, nem da casa, nem da montanha. Apenas do seu amigo imaginário, que era o único que ela conversava, e era o único que a entendia. Todos os dias, ela só saia do sótão para comer. Ficava no armário, com ele. Seus pais achavam estranho, mais não ligavam. Pelo menos dentro do armário, ela não ficava sentada na cadeira no canto da cozinha olhando para eles com aquele olhar de ódio que ela tinha.


Ela dificilmente falava. Só com seu amigo.


Ela empurrava o balanço, e se divertia com as gargalhadas dele. Ele parecia voar. Ele era um menino muito bonito, o mais bonito que ela já viu. E também o único. Ela sentiu uma gota d’agua cair sobre seu rosto, começara a chover. Ela não se importou, gostava de brincar na chuva. Seus pais não se importavam se ela pegaria um resfriado. Eles não se importavam com ela, a estranha.


Ele não quis mais brincar, pediu para entrarem. Ele não gostava de chuva.


Ela entrou, molhando o assoalho. Sua mãe brigou e disse que ela entrasse pelo fundo. Ela, de pirraça, se sacudiu, molhando ainda mais o assoalho. Não sabia por que mais gostava de ver a cara de raiva da sua mãe. Gostava de vê-la triste. Sentia prazer em irrita-la. Sua mãe lhe falou que ela era uma péssima filha, e que era por isso que ninguém gostava dela. Seu pai levantou e perguntou o que havia acontecido, e após a explicação da sua mãe, tirou o cinto e bateu nela. Ela ria, gostava de apanhar, de sentir dor. Maior do que a dor de apanhar, era o prazer de provocar raiva neles.


Seu amigo imaginário apenas observava, e dizia para ela continuar rindo, porque assim, eles iriam ficar ainda com mais raiva dela.


Naquele momento, seu amigo tocou seu rosto. E então, ela não lembra mais de nada, apenas que estava a pouco chorando no armário.


Ela correu, até que chegou ao fim da montanha, no precipício. Ela olhou para baixo, e viu como era lindo o vale cinza. Assim ela chamava o rochedo que avistava.


Ela não viu seu amigo desde então. Até que ele lhe apareceu. Ela perguntou se ele tinha visto seus pais, e ele, disse que eles estavam na casa, refletidos na parede pela sombra das velas. Ele disse que queria ensiná-la a voar. Então, pegou em sua mão, e juntos, pularam. No ar, ele soltou sua mão e pediu para que ela abrisse os braços. Ela fechou os olhos. Uma imagem veio a sua cabeça. Uma menina, sendo entregue a seus pais por dois homens vestidos de branco, e de sua mãe, dizendo que era melhor ir embora para um lugar distante, antes que ela fizesse mal a mais alguém.


A menina abriu os olhos, seu amigo já não estava mais com ela. O rochedo se aproximava. Ela viu uma luz. Seria uma fada? Ela não acreditava em fadas, ela não acreditava em nada.

As costureiras.

Sentadas naquela calçada, aquelas duas só queriam saber de praticar a arte de falar.


Dos que passavam, dos que morreram, dos que adoeceram, dos que foram traídos, dos devedores, dos parentes, dos amigos dos parentes, e dos amigos dos amigos dos parentes.


A cocha de retalhos que elas costuravam enquanto falavam, nunca ficava pronta, ao contrário, crescia tanto, que dava para forrar todas as camas de todos aqueles de que elas falavam.


No bairro todo, só havia duas pessoas da qual elas não falavam: delas mesmas.


E mesmo se quisessem falar, não tinham assunto, porque, por causa do tempo que perderam falando da vida dos outros, não viveram. Não tiveram história para contar. A única coisa que falavam delas, é que elas falavam dos outros.


Um dia, uma delas morreu, e a outra foi obrigada então, a arrumar uma nova “costureira” para falar da falecida. Afinal, alguém tinha que manter a tradição depois que ela também fosse falar com Deus.

Mentiras.

Tenho medo de viver a vida.

Tenho medo de ser fraca.

Tenho medo de não ser perfeita.

Tenho medo que descubram eu sou mais uma, entre tantas, que não são perfeitas.
Por isso minto.

Minto por que não sou capaz de encarar a vida com ela é. Crio um mundo diferente a cada dia. Situações diferentes, pessoas diferentes, sensações.

A cada utopia que construo, deixo uma realidade.

A cada amigo imaginário, perco um verdadeiro. A cada situação inventada, deixo de viver as melhores da minha vida.

Sou doente. Preciso de ajuda.

Só eu não percebo que vivo num mundo sem gravidade. Todos vêem que meus pés estão acima da minha cabeça.

Eu também sei disso, mais prefiro acreditar que não. Porquê?

Por que o mundo que criei é mais fácil de viver, por que ele só existe pra mim. E nele só acontece o que eu quero. É mias fácil de acreditar.

Ganho na utopia. Perco na realidade.


*gosto de escrever sobre pessoas que fazem parte da minha vida e que tem fraquezas. Tento ajuda-las, mais o ego delas é muito grande e cheio. Não sobra espaça para ajuda. Espero poder ajudar, se não ela, outras pessoas.

A espera

Busquei as flores que mais gosta.

Arrumei a mesa

Fiz o jantar.



Já deu a hora de você chegar.

Cadê você?



Sento sozinho nesta mesa.

Debruço, espero, durmo.



Eu sei que você nunca mais voltará,

Você é a mentira que quero acreditar.



Saudade não é salgada não.

Encontros e afinidades.

Hoje, nos reunimos no CCBB para uma pequena aula sobre Crônicas. E só serviu para confirmar uma teoria quase que inquestionável: os afins se atraem.
Quantas pessoas maravilhosas, com idéias maravilhosas, únicas, criativas, vivas!!
Pude conhecer pessoas que pensam de maneira muito parecida com a minha e descobrir essas afinidades literárias, que insistem em persistir para trazer luz ao mundo.

Luz a todos!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sensações.

A alma as vezes parece querer sair do corpo. Já se sentiu assim? Parece te sufocar de tal maneira, que você tem vontade de gritar.

Minha alma não quer viver em meu corpo. Ela que voar por ai, quer estar nos palcos. Quer liberdade...quer você de volta...

@elmo_ferrer

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Diário.

As vezes fico triste sem saber por que. Acredito que isso é normal, todos devem passar por isso de vez em quando. Comigo, é de de vez em sempre. Minha alegria é disfarce, não se deixe enganar por ela.
Insatisfação constante me toma a alma. Com razão? Não. Nem sempre. Mas ela está aqui, comigo, desde que me entendo por gente. Não sei explicar o por que. Froide explica?
Loucura não é. Engana-se quem pensa que sou louco. Apenas finjo. É preciso fazer isso para que se possa viver nesta selva de gente hipócrita que esta sempre querendo puxar seu tapete. Essa é uma realidade, fato.
Ou você se finge de louco, ou fica louco, paranoico.

Uma das questões que martelam sempre minha mente são esses dons que tenho. São exageradamente múltiplos e exageradamente solitários.
Sei dançar, escrever, atuar, dirigir, e me relacionar muito bem. Sim, isso também é um dom.
Mas as vezes parece que me falta algo, mesmo já tendo tudo. Referência a insatisfação já citada lá no alto.
Acho que já falei demais sobre mim...vou dormir...
rápido? É assim mesmo, logo vcs acostumam.

Bjs

@elmo_ferrer

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Performance...

Sou performático sim, e dai?
Não me acho exagerado, apenas, sou um tolo que está sempre se preocupando em deixar todo mundo feliz. Melhor não o fosse. Melhor seria que deixasse cada um com seus problemas e com suas tristezas, mal humor... Isso também é um direito do ser humano e deve ser respeitado.
Ser assim, me fez parecer diante dos olhos alheios com um não humano. Nunca posso me dar ao direito de ficar triste também, de ficar sério, de reclamar. Estou quieto e logo perguntam: O que foi? Por que você tá assim? Sorria! Porra!!!!! Eu quero ficar triste.
Essas confusões mentais, de humor, são típicos destes loucos que fazem arte. Estão sempre tendo confusões internas, querendo se entender, querendo que todos o entendam. Eu sou assim. Quando mais quero que as pessoas entendam meus momentos, mais não entendo patavinas do que quero.
De ator e louco, todo mundo tem um pouco...

terça-feira, 6 de julho de 2010

Pretérito.

Entrei nos seus sonhos por algum tempo. Morei em você. Fui sua alma.


Dono dos teus pensamentos e dos teus desejos. Estive presente em sua vida por longo tempo.

Hoje ,sou uma lembrança indesejada, muitas vezes, evitada.

Mas nada posso fazer, não sabia como amar você.

Essas coisas a gente não escolhe, nem o amor que tinhas por mim, e a falta de amor que tinha por você.

Nem o amor que tenho por você, e a vontade de deixar de amar que tens por mim.

São coisas que a gente não escolhe. A vida é assim...

Diário pessoal...

Vai ser tão difícil ficar tanto tempo sem aulas.
A convivência gerou dependência, nos acostumamos um com outro. Me acostumo muito fácil com as pessoas. Apesar de ver todos daqui a um mês, parece que estamos a anos sem nos ver...
Amo estar na Dulcina e amo meus colegas, pelo fato de eles serem eles, e pelo fato de todos serem do meio artístico. Finalmente encontrei minha tribo, nunca tive com gente que se dá a arte, sempre falam muito e fazem pouco.
Finalmente me encontrei encontrando a Dulcina.

Salve Dudu!!!!!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Menino da lua.

A lua é o meu lugar. Nasci para viver nela, vim para terra por acidente de percurso.
Acho de desci no ponto errado e nunca mais conseguiu uma condução de volta.
Mas, deixe-me ratificar. Não sou alienado, apenas, vivo no mundo da lua.
E o que é viver no mundo da lua? É pensar alto, grande e brilhante. É ter que depender da luz solar mas ainda assim, ter uma beleza sobressainte, única. Ter fases, mudar constantemente, mas sempre em períodos certos, precisos.
É ter poder sobre o mar, de levantar águas, de fazer cães uivarem e homens virarem lobos.
De fazer bruxas dançarem em volta da estrelas.
E de fazer estrelas me rodearem. E precisarem do meu brilho para poder brilhar.
A lua é meu lugar. Sou o menino da lua, da rua, das fases.
Sou louco, sou humano, sou intenso e reservado, singular e plural.
Extremamente calmo, extremamente impaciente.
Narcisista e inseguro. Sério e engraçado.
Não tomo banho todos os dias e choro sem porquê.
Falo sozinho e brigo com o espelho. Leio enquanto cago e durmo de meias.
Reservado e um tanto exposto. Corro atrás e largo fácil.
Brigo muito e peço paz. Escrevo e falo sem parar, sem pensar, pensando, falando e pensando, pensando depois. Mas sempre falando e sempre pensando, não necessariamente nessa ordem.
Tenho fases como a lua. Será que todos as tem? Sou o menino da lua. Tenho manchas indecifravéis e um guerreiro matando meu dragão interior dia após dia.
Apareço a noite, ou não apareço, ou apareço pela metade, quase acabando, quase começando, mas sempre presentes.
Já me pisaram e me fincaram bandeiras, mas sou independente, sou único e não tenho dono. Não tenho gravidade, ninguém mora em mim.
Tenho fases como a lua, ora bom , ora ruim, ora louco, ora sério, ora ateu, ora padre.
Sou assim, sou intenso, sou verdade e falsidade. Ing e Iang.
Complexo assim como você leu.

Questionamentos....

Estou aqui pensando...
onde estão as bandeirinhas do Brasil nos carros?
Os meios fios, os postes, os portões, ontem não eram verde e amarelo?
Hoje, estranhamente apareceram brancos, como neve.
E as bandeirinhas? E os desenhos no chão da rua? E as pessoas felizes usando chapéus do Brasil, camisa do Brasil, pulseiras do Brasil...evaporaram?
Ta tudo tão estranho... na sexta tudo era lindo. No sábado, tudo parou. O Brasil parou.
E as vuvuzelas? Os fogos? As folgas semanais?
Meu Deus. O que aconteceu?
Alguma tragédia, catastrofe natural? Enchentes? Fome? Miséria?
O que aconteceu com o país para que as pessoas ficassem tão tristes?
Ah, lembrei. O Brasil perdeu a Copa do mundo de futebol.
O único motivo que faz com que todos sejam patriotas.