domingo, 29 de agosto de 2010

Trabalhos....

Dentre todas as peças que escrevi, aqui está o resumo de algumas. Quando tiver mais tempo, coloco mais outras.

Adultos:
  • A MORTE DA CONDESA- Um detetive atrapalhado é contratado para desvendar um crime que acontece em uma mansão. A medida que vai avançando na investigação, os personagens vão sendo assassinados de maneiras bem estranhas. Tudo é claro, com muito humor.
  • OS JECAS- A família Pinto Brochado recebe uma herança enorme depois que sua irmã, Severina, casada com um milhonário ,morre. Assim, eles saem da roça e vão para a cidade grande para receber o que a sua parte. Chegando lá, descobrem que ficaram com tudo que era do milhonário, e que seus filhos e Tereza, mulher do filho mais velho, ficarão na casa como empregados. Os três, farão de tudo para afastar a família de lá e ficar com a herança. Comédia musical.
  • VIAJANTES- Ana vive desorientada. Sem saber o por que de sua família a ignorar do dia para a noite, encontra uma caravana circense que procura por um velho ancião. Assim, se vê envolvida em uma teia de mentiras e mistérios, que a levam a questionar sobre o valor da vida e da amizade.
  • ELA ACHA QUE É A CINDERELA- Witney Moore é uma jovem suburbana que vive com as duas meio- irmãs e a madrasta que a trata como empregada. Quando se vê envolvida pelo homem mais cobiçado da cidade, MC sentindo, faz de tudo para ir ao baile funk que ele promove, e com isso, se torna a cinderela do funk.
  • CARAS DO BRASIL- Seis esquetes que mostram a cara dos brasileiros que precisam fazer de tudo para sobreviver.
  • O REINO- Maria é molestada pela mãe, que a obriga a se prostituir. Presa as lembranças do passado, vive em um mundo paralelo, onde inventa as verdades e esconde as mentiras.
  • RUAS- Três atores de teatro se vêm sem oportunidades de trabalho e passam a viver nas ruas. As lembranças dos tempos nos palcos dão sentido a convivência e amenizam o desespero.
  • ME & MR JONES- Uma cantora de bar revoltada da vida. Um escritor desorientado. Quando Jones da por si, Liz ja está instalada em sua casa. Aos poucos, sente-se envolvido por ela, que o trata com desprezo.
  • VIADUTO: Moradores de rua discutem sua situação: moram embaixo de um viaduto que será demolido pela prefeitura.
  • OS TRÊS LADRÕES- Três ex-presidiários saem da prisão e não são aceitos na sociedade. Para sobreviver, inventam um grande plano.
  • O ESCOLHIDO- Um homem sético, recebe a presença de um anjo que lhe anuncia: Ele é o novo Cristo.
Infantis e infanto- juvenis.

  • 6 NA BERLINDA- Adolescentes de personalidades e realidades diferentes são trancados em um banheiro de escola por dois dias. Obrigados a se ajudarem, acabam revelando seus problemas.
  • MEU CONTO DE FADAS VIROU PESADELO- Bia é uma adolescente e aprendiz de feiticeira. Após quebrar uma das principais regras da magia, vai parar dentro de um livro, e acaba misturando todas as historias e a personalidade de todos os personagens.
  • POR TRÁS DOS CONTOS- Os palhaços Bombom e Café, vão parar em um reino mágico, onde quem dita as regras é uma bruxa metida a pop star, chamada, Bruxa Numérica.
  • O MUNDO DE ALINE- Uma adolescente sofre problemas na escola e cria um mundo e uma personalidade imaginária.
  • O MISTÉRIO DA PEDRA ENCANTADA- Após o sumiço de sua mãe, Aninha passa a viver com o seu padrasto e a mulher dele, que a fazem de empregada. Ao descobrir que os dois são bruxos, tenta desfazer o feitiço que prende sua mãe em uma pedra.
  • A PRINCESA AMETISTA- Aprisionada pelo bruxo Ônix na torre mais alta do castelo, Ametista espera seu príncipe, que foi transformado em sapo.- TEATRO DE BONECOS
  • ZEZINHO E O BAÚ MÁGICO- Cansado de passar fome no sertão, Zezinho cava um poço e encontra um baú que o leva para uma terra repleta de riquezas. A partir daí, passa a se questionar: volta para a pobreza ou esqueçe a mãe e os irmãos e desfruta de todos os prazeres do mundo?
Depois postos mais resenhas.
Bjss!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Circo dos horrores.

Todo ano eleitoral é sempre a mesma coisa: esperamos ver alguma novidade no horário eleitoral e nos deparamos com um verdadeiro circo dos horrores.
Candidatos despreparados e semi-analfabetos que mal sabem em que continente estamos. São tão rídiculos que mais parecem ter saido destes programas de humor vagabundo de fim de semana. São tipos tão caricatos que você pode se dar o luxo de colocar seu televisor no mute e dublar o que dizem. Sempre a mesma coisa. Ou prometem mundos e fundos, ou detonam o atual governo. Guerra partidária então...nem se fala!
Tem candidato que, francamente, não sei como pôde achar um dia, que poderia se candidatar a algo...acho que mal cria leis dentro da própria casa. Acha que vai chegar ao poder só por que os pobres coitados que receberam deles uma cesta básica ou uma dentadura disseram que o elegeriam. Acorda!
Acho que a seleção de candidatos deveria acontecer já no horário eleitoral. Sempre que aparecesse um cadidato bizarro, apertaríamos a tecla do controle e... pum! Ele sumiria da face da terra. Daí seria bem mais simples, por que restaria apenas dois ou três, e fica mais fácil decidir.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Ela... parte I

Uma canção toca ao fundo. Borboletas multicoloridas envolvem os corpos nus dos dois amantes. Folhas douradas caem das copas mais altas quase em câmera lenta. Tudo tão perfeito. Eles se olham nos olhos. Acho que agora, ela vai dizer a ele o que ele esperou uma vida para ouvir. Vai dizer que o ama e que ele é o único em sua vida. Os lábios dela se mexem devagar, o coração dele bate cada vez mais forte e então...Plim! Plím! Plimmmmm!!!! Como assim plim, plim, plim? Ela vai sumindo em seus braços, ele tenta agarra-la, mas suas mãos atravessam seu corpo. E o Plim! Plim! Plimmmm!!! madito e incessante continua.
As folhas douradas que caiam do céu e formavam o colchão macio que ele e era se deitara, agora, foram substituídas pelos lencóis imundos de sua cama. É, agora ele se deu conta: está no quartinho vagabundo 2x2 na periferia mais imunda da cidade.
O relógio marca 6 horas. A partir deste momento, ele tem alguns minutos para se arrumar, tomar um gole do café de ontem e correr para pegar o ônibus que passa a dez metros do seu quartinho, que um dia chegou-se a pensar que seria um apartamento.
Então, ele corre. Chove muito e ele não tem guarda-chuva. O último que teve foi levado por uma rajada de vento, isso, claro, depois de ter se contorcido para todos os lados. Tudo bem, não se importava de pegar essa chuva toda. É até melhor, assim aproveita para tomar seu banho, já que a água foi cortada. Ele continua correndo, a chuva cada vez mais forte e o ponto de ônibus nunca chega.
Pisa em um buraco disfarçado de poça d'água e seu pé fica preso. Tudo bem. Tentatívas inúteis de tira o pé dali. Senta-se no chão, puxa o pé com força. Que merda! Tudo bem, já conseguiu, agora, correr para não perder o bendito ônibus. Ótimo! Acaba de passar um carro e jogar toda água do mundo nele. Finalmente chega ao ponto de ônibus. Veria que horas são, se o relógio não tivesse todo embaçado, tomado por água. O ônibus chega, ele entra. Põe a mão no bolso para pegar o dinheiro da passagem e tudo que retira, é uma bolo empapado azul e verde...lá se foi o dinheiro do ônibus, lá se foi o ônibus. Foi convidado a descer, pela cobradora mal humorada com cara de arroz de fundo de panela. Ódio do mundo. Só resta agora voltar para casa. Sai chutando as poças d'água e desejando que o mundo se explodisse. Para em frente a porta, põe as mãos no bolso e percebe: perdeu as chaves! O que mais falta acontecer?

continua...

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Para o mestre Mário Quintana

Pelas ruas molhadas da pequena cidade,

O poeta passava só.

Caminhava em passos lentos

Imaginava a vida ( poetas não pensam).

Olhou para o céu cinza

Para muitos parecia triste

Para ele não existe tristeza

Tudo conspira para se criar um poema.

Do seu lado direito, a vida

Do esquerdo, a morte

Na frente a ilusão.

E atrás, seus papéis sendo devorados

Por pobres humanos

Tentando se encontrar.

Da borboleta negra que passou, fez um poema.

Da coruja que piou, fez um poema.

Da poça d’água que pisou, também.

O poeta não pensa no passado,

Escreve.

Faz com que os outros pensem no presente

Através do seu passado impresso.

Da menina com a mãe, fez um poema

Do rapaz com a namorada, fez um poema

Do cachorro que latia, também.

O poeta bateu a minha porta

Esta aqui agora.

Eu queria pergunta-lo sobre seus poemas

Não posso.

Quando o leitor não entende o que o autor quis dizer,

Um dos dois é burro.

Daquele momento, fez um poema.

Do meu ar de alegria, fez um poema.

Deste poema, também.

E tudo ficou numa reticência.

[...]

Falsidade necessária

O que é a falsidade necessária? Nada mais do que aquela que precisamos para não sermos tidos como chatos pelos outros.

É elogiar o que não quer. Sorrir para quem não quer. Agradar a quem não quer.

Apenas para ser aceito, apenas para ser bem visto. Apenas para não ser você.

Muitos de nós vivemos assim. Presos por máscaras, frustrado pela vontade impraticável de ser real.

Obrigado a fazer aquilo que não quer para não desagradar.

Queremos ser como aqueles que assim o são.

E não percebemos que aos poucos vamos nos afastamos de nós mesmos.

Querer ser você é um risco, é uma escolha, uma ação. E cada ação tem uma reação.

Mais será que é preciso obter a reação e pagar por ela, ou viver a mercê de nossos próprios medos? Aqueles que nos faz deixar de viver a vida?

Aprender a ser você é descobrir qual “ você”, você esta sendo. O você que você quer, o você que querem que seja, ou o você que você quer que acreditem que é!

Um dia você descobre e passa a viver. De verdade,sem medo, sem pudor.

Aprende a dizer o que pensa. E que dizer o que se pensa, não é ser duro nem insensível, é ser transparente.

Aprenda a sorrir quando quer sorrir. Chorar, quando quer chorar.

Não se sinta obrigado a amar quem não ama.

A sorrir para quem não gosta.

Aprenda a viver sem a falsidade necessária.

Quem é você?

Sobre todas as coisas

Sobre o preconceito.

Alma pobre, em um corpo podre.

Morando na terra por piedade.

Assim, defino os preconceituosos.


Sobre o amor.

O amor á algo realmente complexo e incompreensível.

Que o diga os poetas.

Depois que você é amado, descobre que já conhecia o amor,

de longa data, e que ele sempre viveu ao seu lado. Apenas, você não o reconheceu.

Sobre o homem.
É impressionante como alguns homens

Passam tanto tempo tentando mostrar que são homens

E esquecem de ser homens.

Sobre a vida e a morte.

A vida depende inteiramente da morte, pois,

sempre que alguém morre,

as pessoas começam a pensar na vida.

Se não fosse assim,para muitos,

ela passaria despercebida.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nada mais.

Ele vira-se de costas. Tudo que precisa fazer ali já foi feito. Acabou.


Rompe com o passado. Lágrimas de tristeza nunca mais.

Hora de esquecer, de partir para outra, de ser feliz.

De algum modo, não fora feliz com aquela mulher, iludiu-se.

Ingênuo, tolo, um louco perdido no vazio .

Caminhante solitário nas vielas das palavras ilusórias. Habitante do planeta das mentiras e falsas promessas de amor.

Um louco,cego, tão perfeito que tornou-se imperfeito.

Optante da verdade, mentiroso por não mentir.

Triste por amar quem não mereceu. Arrependido por não ter feito as coisas erradas.

Estava errado? Estava com a pessoa errada.

Andando pelas noites tristes e chuvosas da cidade chamada “Ilusão”, decidiu pegar o ônibus com destino ao recomeço. Viagem direta, sem parada.

Súbita vontade de voltar se mistura a de seguir em frente.

O que ficou para trás não foi bonito, não foi mágico, não foi nada. Foram mentiras, omissões, traições, que por muito tempo viveram disfarçados.

E a viagem segue. Pelo vidro embaçado do ônibus vê a cidade se afastar. As luzes se apagam. Hora de dormir para tentar esquecer.