terça-feira, 30 de novembro de 2010

Em Dezembro: Cotidiano.


Estreia dia 17 de Dezembro, em Planaltina, mas precisamente no teatro da administração, a comédia: COTIDIANO. Da Cia. Quebrando o gelo.

COTIDIANO é um conjunto de esquetes que retratam o dia a dia de maneira cômica e bem representada pelos atores. A direção é de Renato Telles e no elenco estão grandes nomes.

Vale a pena conferir.

COTIDIANO.

Dias 17, 18 e 19 de Dezembro.
Teatro da administração de Planaltina-DF
R$: 5,00

***em tempo:  Haverá uma esquete dessa pessoa aqui no espetáculo.

Beijos!

Sim, ainda existo...

Oiii.

Vim aqui dar satisfações ao povo que me cobra que não posto nada no blog.

É que é fim de semestre e as coisas começam a pegar para quem estuda, sabes??? Tenho mil trabalhos para entregar na faculdade, duas apresentações de teatro, uma de dança, sem contar que fui contratado por uma grande Cia. de Teatro para construir um texto para eles e estou até aqui de trabalho.

Mas daqui a uns dias tudo volta ao normal. Dia 16 acaba as aulas, dia 26 viajo para Salvador e terei grandes textos e novidades para contar.

Ainda nesse meio corriqueiro, ainda preparo meu matrimônio celta... (sim, celta!) Sempre sonhei. Mas isso é outros quinhentos.

Beijos e até logo!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

No forró.

Esquete cômica para duas pessoas.

Escrita por: Elmo Ferrér



A cena escura, ouve-se um forró. A luz abre e vê-se dois atores, em lados opostos. De um lado, Josivaldo e do outro, Vandercléia. Os dois vão dançando até se encontrar no meio da cena.



Josivaldo- Ei!! Vandercléia!

Vandercléia- Josivaldo!!

Josivaldo- E ai menina? O que manda?

Vandercléia- Ah menino, o mesmo de sempre né? E você?

Josivaldo- Ah, mesmo de sempre também.

Vandercléia- E ai? Terminou os estudo?

Josivaldo- Terminei minha filha! Decidi que quero estudar mais não, é muito cansante trabalhar de dia e estudar de noite. Da não amada! Terminei na 6° mermo!

Vandercléia- Eu também parei total. Agora que resolvi ter uma vida digna né, com duas criança pra cuidar. Não dá pra continuar na escola.

Josivaldo- Pois é. E o Fabinho?

Vandercléia- Quem? Ah. Já fez a passagem meu amor. Agora tô com Rosiberto. Lembra dele?

Josivaldo- Lembro sim. Aquele que te assaltou né?

Vandercléia- Foi amor a primeira vista menino. Quando aquele negão apareceu no beco e mandou eu encostar na parede...menino. eu vi a glória!

Josivaldo- Eu que não dou sorte de ser assaltado por um negão desses. Mas, ele não tava preso?

Vandercléia- Pegou uma condicional menino. Nem te conto. Quer casar comigo e tudo mais.

Josivaldo- Ai amiga... meu sonho, casar de véu e grinalda. Menina, cê tá podendo né?

Vandercléia- Ô, toda noite meu filho...Resolvi sair daquela vida sabe? Rodar bolsa nunca mais. É muito difícil. E nem sempre a bolsa combinava com o sapato, com a maquilagem... e você? Desistiu de ser travesti?

Josivaldo- Não desisti coisa nenhuma. Passei por uns perrengues ai mas já to saindo.

Vandercléia- Como é mermo seu nome de traveco?

Josivaldo- Lady dei. Tô com quase tudo pra arrasar nos forró meu bem. Já comprei o cabelo, lente, salto e...olha só...- levanta a blusa-

Vandercléia- Menino. Você conseguiu colocar o silicone?

Josivaldo- Só o direito né? Mas mês que vem compro o outro.

Vandercléia- Ai amigo...cê merece? Nossa, mas eu adoro essa banda. Os “calcinha de plástico” são tudo né?

Josivaldo- Se são menina.

Vandercléia- E a Marioneide?

Josivaldo- Topei com ela semana passada. Tá magra, careca, radicalizou. Disse que tá fazendo quimioterapia.

Vandercléia- Pelo menos uma de nós conseguiu fazer faculdade né?

Josivaldo- Pois é! E ficou sabendo da Shirley?

Vandercléia- Fiquei menino. Coisa horrível né?

Josivaldo- Pois é menina. Acordou morta. Toda retalhada, com o corpo dividido em dez pedaços, dentro de um saco lá na represa.

Vandercléia- Eu acho que ela se matou sabia?

Josivaldo- Também acho amiga. Ela tava tão pra baixo...

Vandercléia- Olhe...semana que vem é aniversário de Rosiberto, vou fazer uma besteirinha lá em casa, aparece por lá.

Josivaldo- E tem que levar bebida?

Vandercléia- Só se quiser. Olhe, vai ter tudo que você gosta. Mela cueca, pau na cocha e vaca atolada.

Josivaldo- Adoro!! Cê vai chamar a Rita?

Vandercléia- Tu tá doido? Agora é tá metida com macumba menino. Fiquei sabendo que ela fez uma macumba pra Rosi que a bichinha ta mancando das duas pernas e a cara entortou.

Josivaldo- Credo!

Vandercléia- Vou indo. Aparece lá na casa que trabalho. To lá diariamente, as terças e quintas.

Josivaldo- Apareço sim. E seus filho, ficaram com quem?

Vandercléia- Com a vizinha.

Josivaldo- Menina, tava pensando... como é engraçado. Veja só. Você rodava bolsa né? Daí você engravidou de um cara que trabalhava na bolsa e hoje, você depende da bolsa para sobreviver.

Vandercléia- Da bolsa?

Josivaldo- É menina. Da bolsa família, bolsa escola...

Vandercléia- É mermo. Pelo menos teve algumas vantagem botar filho no mundo.

A música aumenta.

Josivaldo- Menina. Essa musica é tudo, vamos dançar.

Vandercléia- Já é!



Os dois dançam até a luz baixar.

domingo, 21 de novembro de 2010

A guerra acabou...

Escrevo esta carta para deixar a seguinte mensagem: Chega de guerra. Não dá mais.


É difícil parar de guerrear, acredito que esse ainda era o motivo de ainda lembramos um do outro, uma vez que não há mais amor, nem respeito, nem amizade.

Reconhecer o fim de uma guerra, é reconhecer o fim. A guerra e a graça acabaram. Não há mais espaço para o ódio, nem a mágoa, nem as lembranças ruins, tal qual as boas. Simplesmente a guerra acabou e os destroços já foram varridos pelo tempo.

A partir do momento que alguém morre dentro da gente, ela morre, tanto nas lembranças boas, tanto nas más. Tanto no amor, quanto na guerra.

Somos físico e espírito. Grandes almas em busca de grandes coisas. Cada um do seu jeito.

Deixar de guerrear é reconhecer que nada mais existe, nem ódio, nem amor. Nada.

Enquanto te amei, você viveu dentro de mim.

Enquanto te odiei,também.

Porém, hoje, não mais vive em mim, o que não justifica ter qualquer tipo de sentimento.

Hoje, quero apenas viver e quero que viva, cada dia mais e melhor.

Não há como desejar-lhe mal, afinal, como a gente deseja mal a alguém que a gente não sente nada?

Percebi com o tempo, que remoer todas as coisas ruins que me fez e ter ódio, não vai mudar nada. Não mudará seu caráter, nem ao menos fará com que voltemos a nos encontrar. Aliás, esse é meu último desejo, o encontro.

Quero mesmo que seja feliz, do fundo do meu coração. Sem mágoas e sem receios. A guerra acabou, estamos livres. Neste campo de batalhas, não há culpados nem inocentes, não há enganado e enganadores, nem mesmo pessoas más ou boas. O que há de verdade, são palavras que ficaram pela metade e um fim que nunca aconteceu. Quem falou a verdade? Quem fez mal a quem? Isso é uma incógnita. Acredito que jamais será desvendada, uma vez que o fim chegou.

Procurei ontem, em meio a CDS, livros ou qualquer coisa que podesse me lembrar você algum tipo de recordação. Não encontrei. Foi isso que me fez perceber que não há mais nada. Se eu queria ainda sentir algo? Não sei. Mas o que sei, o que realmente tenho certeza, é o que restou em mim foi apenas o desejo do melhor, para ambas as partes.

Seja eternamente feliz com a certeza que a guerra acabou, se um dia ela realmente começou. Se amanhã nos encontrarmos e eu não olhar para você, não é por que te odeio, apenas por que não te conheço. Voltei ao zero, ao início antes de te conhecer. Prefiro deixar a verdade nas mãos de Deus e as mentiras na consciência de quem as inventou.



Vivamos!!!!

sábado, 20 de novembro de 2010

Dois apaixonados embaixo de uma nuvem de pétalas.

Ele então a olhou nos olhos, ficou assim por um tempo.
Ele dorme e acorda vendo em sua frente apenas o brilho dos olhos dela.

Um dia, embaixo de uma nuvem feita de pétalas das rosas mais perfumadas do mundo, eles trocaram juras de amor. Então choveu. Pétalas brancas envolvem seus corpos e eles então se beijam.

O vento que corre por aquele lugar chama-se amor. Infinito amor.O chão que pisam chama-se sorte.
Eles se amam, se desejam. O jardim cresce em volta deles.

Então, chove. Chuva de pétalas.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O masoquista e o fugitivo.

Não gosto muito de postar coisas de outros, mas, essa música de Vanessa da Mata merece...

Faz parte do CD- bicicletas, bolos e outras alegrias. Esse novo cd dela tá tudo gente. Se você quer acordar e dormir bem (ao lado da pessoa amada principalmente) esse CD é perfect!!!!



Há gente que escolhe sorrir


Há gente que escolhe chorar

Você escolheu a segunda opção

E eu escolhi sair

Não gosto de masoquismos

Eu prefiro me divertir

A nossa relação tem tudo pra não dar certo

Você só quer perder

E nada que fica assim pode vencer

Eu insisto em ser feliz

Mesmo que minhas condições me testem

Eu insisto em ser maior

Pra está sempre melhor

Há gente que escolhe sorrir

Há gente que escolhe chorar

Você escolheu a segunda opção

E eu escolhi sair (lalala)

Não gosto de masoquismos

Eu prefiro me divertir

Pois vá diante, que eu vou adiante

E assim quem sabe,

Você chorando será do jeito seu, completo (2x)

domingo, 14 de novembro de 2010

Caçadores de estrelas cadentes.


Quem passa pelo semáforo da rodoviária e vê os vendedores de bala, nem ao menos imagina as histórias que eles tem para contar.
Há algum tempo venho observando um menino magrinho, bem frágil, de mais ou menos dez anos de idade.
Ele espera os carros pararem, vai lá e vende suas balas de menta. Faz isso todos os dias, das duas até as oito da noite.
Confesso que este menino me instiga... como será que ele vive? Onde? Com quem?
Percebo também que este menino, sempre que o sinal está fechado, senta-se num cantinho, pega um livro e folheia, maravilhado.
Não mais me contendo de curiosidade, vou até ele e, antes que eu possa dizer qualquer coisa, ele vem correndo com o livro na mão e diz:
 - Moço, pode ler essa história para mim?
- Não sabe ler? - pergunto.
- Não moço, sei não. Nem sei o que é escola. De manhã cato papelão com meu pai e de tarde venho pra cá vender bala. Não tenho tempo pra estudar.
- Mas...sua mãe não trabalha? Ela não pode deixar você fora da escola.
- Ela tem um filho de colo, tem que cuidar dele. Espera um pouco seu moço, o sinal fechou.

O menino sai correndo, batendo de carro em carro. Eu, fico a observar e penso como pode uma criança viver assim, sem direito a educação. A partir de hoje, prometo para mim mesmo: ensinarei esse menino a ler e a escrever. Mas como? Se nem eu sei. Não sei, mas vou.

Todos os dias, quando o menino saia do "serviço", sentavámos na grama e o céu cheio de estrelas era nossa luminária. Volta e meia, estrelas caiam. Eu, percebi que esse menino, que chama-se João, sempre fechava os olhos com bastante força quando uma estrela caia. Perguntei a ele o que ele pedia a elas, ele disse que não podia dizer, mas que sempre pede e nunca consegue.

-A vontade que tenho é ir atrás de cada uma delas, saber onde elas caem e perguntar por que elas nunca me ouvem.- disse ele.
- Então, vamos fazer o seguinte. Nós vamos atrás dessas estrelas, vamos apanhar uma por uma. Você vai guarda-las contigo e só as soltará quando elas resolverem atender aos seus pedidos.
- Mas como tio? Não tem como. Elas devem ser bem pesadas e teremos que andar muito. Elas caem muito longe.
-Não precisaremos andar muito para encontra-las. Aliás, nem precisaremos sair daqui. Você vai buscar essas estrelas dentro de você. Dentro da sua imaginação. Vou lhe contar a história do menino que caçava estrelas. Você só precisará fechar os olhos e ser esse menino, ta bom?
- Ta bom tio. Mas pode ser amanhã? Já ta tarde.
- É, sua mãe deve estar preocupada.
- Não... ela não se preocupa. É que preciso levar o dinheiro das balas de hoje, senão vou apanhar. Até amanhã tio!
-Até amanhã João...

Esse menino tem estrelas nos olhos. A partir de hoje, esse será meu desafio. Fazer com que esse menino encontre cada estrela cadente a qual ele fez um pedido. E realiza-los.
Esse menino me encanta. Esse menino não é nada além que a extensão da minha alma. Esse menino sou eu.

"Dizem que as estrelas cadentes podem realizar desejos... E se eu pedir a uma delas que eu vire uma pequena estrela, brilhante? Será que conseguirei realizar tal façanha?"
 
***Caçadores de estrelas cadentes é uma peça teatral infanto juvenil que estou escrevendo e que estreia em 2011.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Ele e Ela

Ela disse que o amava.
Ele acreditou.
Ela disse que queria viver com ele para sempre.
Ele acreditou.
Ela mentia sempre e ele sempre acreditava.
Acreditava, não apenas por confiar nela, mas, por estar enfeitiçado com sua maneira de saber agradar.
Ele não imaginava que ela falava isso para todos os homens.
Ele não imaginava que fosse apenas mais um.
E como num caminho sem fim, as mentiras seguiam.
E tudo que começou com uma mentira, acabou com uma mentira.
Ela mentiu, inventou e ele, bobo, ainda chegou a acreditar que tivesse realmente culpa, de tanto que ela o convenceu a acreditar nisso.
Mas ele percebeu que também mentiu o tempo inteiro. Mentiu para ele mesmo quando resolveu acreditar nela.
Descumpriu a promessa que fez para si, de que nunca mais se deixaria enganar.
Hoje, eles tem vidas opostas.
Ele esta feliz e se realizando com alguém que realmente foi preparada para ele, alguém que tem alma boa, que ama de verdade.
Ela, esta com mais alguém, que pode ser para sempre, ou pode ser mais um, mas que certamente é resultado de mais uma mentira.
Ele e Ela não se falam nem se vêem mais.
Para ele, tudo que ele mais desejou e deseja, nunca mais vê-la.

*essa história será o pano de fundo para o livro: Preston.