quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Poço dos desejos

Hoje me peguei pensando sobre desejos e se realmente tudo aquilo que desejei se tornou realidade.
Não! Ainda não me estabeleci profissionalmente, ainda não vivo do que gosto, ainda não descobri o que é amar intensamente alguém além de mim. E olha... muitas vezes achei que havia amado. Mas descobri que tenho um apego tão grande a aquilo que faço e a aquilo que sou, que não me vejo nem me sinto abrindo mão de nada ou até mesmo cedendo espaços, abrindo brechas, para que outras coisas que nunca busquei pudessem entrar. Não digo que nunca busquei um amor de verdade, daquele que há cumplicidade, entrega. Já pensei nisso. Na adolescência, todos os dias, depois de adulto, de vez em quando. Agora, quase nunca!
Não sei se me tornei frio ou se mudei as minhas prioridades, mas acredito que vivemos num momento de urgência, é muita gente fazendo tudo ao mesmo tempo e a competitividade crescendo cada vez mais. E sim, a bunda, o peito, o corpo malhado é curriculum. As vezes não importa o que você faça, talvez não vá chamar tanta atenção, mas se isso está associado a beleza, ah sim (e não adianta dizer que não), a forma de tratamento é outra.
Mas estou fugindo do assunto. Normal pra mim.
Eu nunca imaginei que chegaria em 2015 colocando o amor em segundo, terceiro, talvez em último plano na minha vida. Mas como eu havia dito, há urgência. E para os homens a cobrança é diferente. As mulheres, nessa faixa de idade que tenho e que prefiro não dizer qual, são cobradas por não serem casadas, não serem mães, não terem um homem para dizer que é feliz (o que eu sempre achei uma babaquice). Mas nós homens não. Essa idade a cobrança é pela estabilidade financeira, o carro, o emprego melhor do que o do filho da vizinha, o morar só. E aí é que é hora de priorizar as coisas. E sabendo que depois de amanhã eu posso encontrar alguém que me queira, o amor fica pra depois de amanhã. É a vida.
Engraçado é que sempre fui muito mais emoção do que razão, não estou dizendo que não sou porque eu quero entrar na igreja de véu e grinalda (hahaha), mas no momento que me encontro, o lance é sentar, chegar pra emoção e bater a real "então querida, desculpe te dizer assim, cara a cara, mas já deu, não é o nosso momento. Estou apaixonado pela razão e preciso comprar meu carro e minha casa, tipo, amanhã!". Daí ela chora, diz que não queria viver sem mim e eu digo "volta depois, quando eu estiver bem de vida, tá? Agora vai que odeio despedidas!"
Bem, é mais ou menos isso.
Abri esse artigo falando de desejo e digo com toda certeza que, meus desejos continuaram sendo os mesmos, só mudaram de patamar!

Boa noite!!!!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Eu digo, não digo!


Sou um refém do orgulho. Sim, orgulhoso até demais. Não sei lidar muito bem com esse lance de correr atrás. Até procuro pra dizer que ainda gosto ou que sinto falta. Mas correr atrás... não! Isso nunca fez parte do meu caminhar. Até porque, correr emagrece e estou evitando perder peso. Apesar de que, é... existem pesos a serem perdidos. Mas esses vão além dos quilos acumulados na cintura pelas comidas maravilhosas que minha mãe fez no natal. Esses pesos são tudo aquilo que carrego em mim e que de certa forma não me serve mais.
Sim, mas como eu dizia, não tenho vocação pra correr atrás. E pra dizer aquilo que eu deveria ter dito há séculos,  pior! As vezes prefiro calar, mesmo sabendo que ainda há muito a ser dito. Orgulho? Orgulho! Radical demais (digo pra mim mesmo o tempo todo), quando saio dificilmente volto, quando digo não dificilmente digo sim. Extremista, intenso, profundo, 08 ou 80. Me lanço da mesma forma que saio: rápido e sem pensar.
Existe um preço a ser pago. Pessoas que se vão e que jamais retornam. Outras que se vão e querem voltar mas não aceito de volta. Palavras que eu queria ter dito mas lembro que já disse e não quero ser repetitivo.
Esse lance de viver é foda né? Não tem manual! Tipo, vai e vive meu filho! Vai quebrar a cara, vai sorrir na segunda e chorar na terça, vai perder tudo em 2014 e ser rico em 2015 e voltar a ser pobre em 2016. Vai perder pessoas, vai ficar confuso, vai...! Ninguém ensina a viver. Alguns te dizem: " não vá por esse caminho", "já passei por isso", "é, eu sei como é". A gente é avisado de algumas coisas. Mas como nossa vida é única, pessoal e intransferível, a gente só aprende a viver, vivendo. E se fodendo.
É, eu me pego confuso boa parte do tempo, acho que só não quando estou dormindo. Eu sou complexado, sou inquieto, quero que tudo aconteça a todo momento e NADA acontece.
Não é fácil me entender. Eu sei, eu sei...!
Mas enfim, estou aqui vivendo, fazer o quê? E como comecei essa postagem dizendo que sou um refém do orgulho, vou dormir mais uma vez sem dizer aquilo que eu queria, apesar de já ter dito tudo e não ter dito nada.
Boa noite!

Em busca de uma identidade

Eis que estou aqui outra vez. Já conhecido (ou não) por postar textos e crônicas, resolvo me jogar mais ainda dentro de mim e escrever sobre o cotidiano, meus pensamentos absurdos que certamente poucos irão ler. Não faz mal. Não tente entender, talvez nem eu mesmo me entenda...! Porém, estamos aqui. E se quiser me acompanhar, seja bem vindo!