sexta-feira, 30 de julho de 2010

Tapas, lágrimas e palavras.

Tapas, lágrimas e palavras.




Estou sentado em frente a sua casa, esperando você sair, olhar no meu olho e dizer que não me quer ali.

Que não me quer em sua vida.

Espero um tapa, espero lágrimas, espero palavras que me cortem como navalha. Mas não me deixe nessa solidão.

Se me der um tapa, ao menos lembrarei como é sentir seu toque, mesmo que brusco, longe do afago que me dava, mas ainda assim, sentirei sua mão em mim.

Suas lágrimas podem cair como gotas de sangue, misturadas a todo o ódio e toda a revolta. Mas, lembrarei das nossas lágrimas caindo quase que em um mesmo compasso, enquanto trocávamos juras de amor.

Que venham as palavras, mesmo sendo mal ditas. Ouvir sua voz de novo vale o repúdio.

Por um momento, esqueci que você nuca mais sairá dessa casa. Por um momento esqueci que você não mora mais ali. Que esta longe de mim, tentando me esquecer nos braços de outro, que nem ao menos ama, mas ao menos, não odeia, como a mim.

Não me importa seu ódio. Enquanto ele existir, é sinal que ainda estou no seu pensamento.

Sou sim, um miserável, por nunca me agradar com seu amor, e hoje, mendigar até mesmo pelo seu ódio.

Deixe-me mendigar e enlouquecer aqui, sentado, te esperando.

Um dia você deixará de me odiar, e nesse dia, sei que não serei mais nada para você.

Mas hoje, o que me importa, é o que você é para mim.

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