quarta-feira, 14 de julho de 2010

Arrependimento.

Ela caminha descalça. Pedras, galhos e espinhos machucam seus pés. Mas ela não sente. A dor no peito é tão grande que faz qualquer outra insignificante. E vem novamente a lembrança que não a deixa em paz. Se podesse escolher, teria fugido, teria evitado. Mas o coração não deixou, queria ter ele.
Sempre foi feliz ao lado de Marcos. Por que o machucou tanto?
André a instigava, tanto a ponto de fazê-la trair o homem da sua vida. Era só um impulso natural, queria saber o que realmente queria, o que seu coração queria. Por que Marcos chegou na hora? Essas coisas acontecem tão inesperadamente. A hora errada, o momento errado, a pessoa errada. É Marcos que ela ama, não vai suportar perde-lo.
Ele saiu sem dizer nada, ela pediu desculpas,queria se justificar. Ele não quis ouvir, só quis sair. André tentou consola-la, mas nada mais adiantava. Com lágrimas nos olhos ,ela pediu para ele nunca mais a procurar. De hoje em diante, iria fazer o impossível para provar ao seu grande amor, o quanto queria ele na vida dela, e faze-lo voltar.
Ela procura por ele por entre becos, lugares que frequentavam juntos.
Ela procura por ele nos discos que escutavam juntos, nos livros que gostavam.
Ela procura por ele nas cartas apaixonadas, nas poesias que escrevera.
Ela procura por ele a noite em sua cama, agarrada ao travesseiro.
Ela procura por ele...
Na noite fria, andando descalça, roupa molhada, cabelos ao vento,ela senta no alto da colina onde juntos, viam o pôr do sol e onde trocavam juras de amor.
E pensou que momentos bons não podem ser desperdiçados.
Que não vale a pena correr o risco de perder um grande amor por uma aventura.
E que quem ama, não trai.
E que o pôr do sol todos os dias acontece,
mas um grande amor, é para sempre.

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