quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sobre Adão e Eva...

Como todos sabem, Deus criou do barro o homem, e depois que percebeu que ele não poderia viver sozinho, tirou dele uma costela e assim, criou a mulher.

Pois bem.

A julgar que todos somos descendentes de Adão e Eva, a história volta a se repetir.

Mais dessa vez, Deus foi um pouco mais justo, e deu para a mulher mais do que uma costela.

Supondo que eu sou Adão, e tu sejas Eva, ele tirou de mim a minha alma, e colocou a sua no lugar. Arrancou meu coração e o deu para você! Deu-me dentes, e um sorriso, para que eu pudesse mostrá-lo sempre que a visse. E colocou gotas tiradas da essência das mais brilhantes estrelas em meus olhos, a fim de brilharem ao te ver.

No meu pensamento, colocou fatos e memórias que lembrassem sempre você.

Deu-me o tato, para poder te sentir.

O olfato, para sentir seu doce perfume.

Deu-me pernas, para que eu corresse sempre na sua direção.

A serpente do amor, lhe deu o dom de me dar um beijo. E ao tocar meus lábios ao seu, cometi o mais inocente dos pecados: amar-te!

Ao contrário do que aconteceu com nossos ancestrais, não fomos expulsos do paraíso, e sim, obrigados a amar um ao outro pelo resto de nossas vidas.

E Deus, na sua infinita bondade e magnitude, ao lançar sobre Eva a sentença que ela seria dominada pelo seu marido, conosco, ao ver o quanto é belo nosso amor, ordenou que nossa relação fosse dominada pelo amor, o único que rege a nossa vida para sempre.

Não sentimos vergonha de estarmos nus, pois nos despimos de qualquer mágoa, desconfiança, tristeza, inveja, ou ciúmes. Estamos de corpo aberto, entregues um ao outro de corpo e alma.

Deus permitiu que pudéssemos morar um dentro do outro. E como ele mesmo ordenou, o pó que fomos feito, será o que viraremos no fim. Mais, ao rajar do mais forte vento, esses “pós” se misturarão, até que ninguém saiba quem sou eu e quem é você. E então voltaremos a ser um novamente. E assim será por toda eternidade.

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