Sinopse:
A peça fala sobre o vício em drogas. Dentro de um vagão de trem, o personagem João é conduzido a uma viagem com destino ao mundo das drogas, onde todos os seus problemas serão esquecidos. Em conflito com os pais, se sente desorientado e seduzido por esse mundo tão fácil e incerto.
A cena se começa dentro do vagão, onde todos os personagens se encontram, e o ritmo muda conforme a música, o que faz a peça ser densa, ágil e cômica ao mesmo tempo.
A peça é uma mostra curta, com cerca de trinta minutos e é encenada por cinco atores.
O EMBARQUE
Prólogo:
A peça começa com cinco atores em cena. Bancos em fila indiana, em sentido vertical. João senta-se ao meio, e os demais personagens nos outros assentos. Esses personagens aparecerão no decorrer da peça. João deve aparentar preocupação e inquietude. Os personagens devem construir ações: ler, ouvir música, comer algo, etc... Inicia-se o violão, tocado baixo.
João- Todas as viagens que fiz na minha vida, sempre tiveram ponto de chegada e de partida. Sempre com destino certo. Mas, na minha vida tudo sempre foi incerto. Muitas vezes desistia antes de chegar na estação, ou, quando chegava, não entrava no vagão. As vezes, não sabia bem que trem pegar. Ou, quando pegava, pedia para parar. Mas desta vez, estou no trem certo. Sei que meu destino está perto.
Musica
Coro- Senhor passageiro
Essa viagem tem destino certo.
Um futuro incerto.
O trem que partiu
Não voltará jamais.
Senhor passageiroEssa viagem é a melhor
Saída, para sua vida.
O trem que partiu
Pode não voltar.
8 x- Voltar...
João- Será que sei pra onde vou? Ou melhor, será que sei quem sou? Todos sempre me desprezaram. Meus pais nunca me escutaram. Meus amigos me deixaramda... nunca ninguém me compreendeu. Estou cansado dessa vida.Já nem sei mais quem sou eu. Quero novidade. Quero sair desta cidade. Quero viajar sem destino, ir pra qualquer lugar, onde não exista a realidade. Quero fugir da realidade.
musica
Coro- Vamos fugir,
Pra onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue.
Qualquer outro lugar comum
ou um lugar qualquer.
Qualquer outro lugar ao sol
Outro lugar ao sul.
Pra onde todos os seus problemas
Possam ser esquecidos.
Pra onde todos os seus medos
Possam ser vencidos.
Pra um lugar desconhecido
Onde terás abrigo,
Pense logo
Pense agora
Sem demora...
Vamos fugir?
João- Não! Acho melhor descer na próxima parada. Na casa dos meus pais tenho comida e roupa lavada. Ah...incerteza, incerteza, incerteza. E no peito essa enorme tristeza. O trem parou. Meu destino chegou. E agora, Pra onde vou?
musica
Coro- Procure um lugar
para se encostar
Aceite de tudo
que possam te dar.
Tenha atitude
Nunca diga não.
Não ande no certo
ande na contramão .
Não seja careta
Tenha atitude.
Aceite tudo que eles vão te dar
Aceite tudo que a vida lhe dá.
Beba tudo, fume tudo, use tudo
Que eles vão te dar...
Aceite tudo, use tudo
Que a vida te dá...
Que a vida te dá
Que a vida te dá...
No fim da canção, os personagens pegam os bancos e saem. Dois atores colocam cada um, um banco ao lado do banco de João, de maneira que João fique no meio.
Fim do prólogo.
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