segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Árvore.

Quando plantei aquela árvore dentro de mim, a reguei com todo cuidado.
O que brotava era sempre sentimento. Ruim ou bom, tudo que ela me dava, era sentimento.
Alguns, cairam pelo chão, secaram ao sol, viraram sementes...

Podei. Reguei. Colhi.

Tudo que a árvore me deu, eu recebi. Alguns frutos eu apenas dei...
Outros, eu joguei fora.

Mas percebi, que os que reservei para você... esses apodreceram.
Quando fui vê-los, elas estavam murchos. Sem suco, sem nada.

Mas eis que encontrei sementes. E não sei se devo planta-las novamente.
Não sei se as próximas árvores que virão, me darão bons frutos.
Tenho medo de planta-los.

Minha árvore está aqui ainda. A estação é outono.
As folhas cairam, algumas estão ainda amarelas.

Não sei se me dará frutos.
Mas sei que os que eram seus... esses secaram, murcharam, apodreceram...

Nenhum comentário:

Postar um comentário