quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Mais uma vez...


Estou, sou, permaneço e me encontro... sozinho!
Não dá para viver sempre virando a ampulheta quando bem entendo e começando de novo.
A calma já não está mais aqui como antes e a paciência para saber esperar, se foi, junto com a esperança.
Mais uma vez eu me engano, eu me iludo, eu sofro e choro por alguém.
Será que me amo tão pouco a ponto de me fazer sempre tão mal?
Por que tudo que vivo e sinto é reflexo do que eu faço para mim.
As pessoas, de certa forma, não tem culpa de serem como são. Eu traço metas, eu crio planos.
Eu, sempre eu.
Talvez a conclusão que tiro disso tudo é que no mundo existem dois tipos de pessoas: as que nasceram e as que não nasceram para serem amadas!
E certamente me incluo na segunda opção.
Talvez o que me falte é amor próprio e suficiente para me amar mais e sempre mais que os outros.
Para me preocupar mais comigo. Para perder tempo comigo. Para viver comigo.
Egoísmo seria uma palavra bem aplicada agora.
Não posso pedir para quem não tem coração, que entenda o que sinto.
Também não posso mais viver sonhando e acreditando que um dia vai dar certo.
Preciso viver e isso é contraditório por que a cada dia morro um pouco.
Os risos e momentos bons são forçados,forjados.
E do outro lado há quem me espere e que descartei.
E a conclusão que tiro é que antes de sofrer devo pensar que também ja devo ter feito alguém sofrer.
Mas a verdade, essa que me falta agora e que se esconde por trás do silêncio, essa, jamais deixei de dar a alguém.
E é apenas isso que cobro: verdade!
Mais uma vez estou eu aqui, escrevendo sobre sentimentos. Tentando por pra fora o que não tem mais vida. Tentando dar sentido ao que não tem mais sentido.
Tentando tirar leite de pedra.
A única certeza que tenho é que, hoje, você morreu pra mim.
E isso foi necessário para que eu percebesse que eu também morri.

Elmo Ferrér

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