terça-feira, 18 de janeiro de 2011

História de uma alma.

 Foi enquanto eu chorava, que minha alma resolveu sair de mim.
Ela saiu em forma d’água.
Essa  dor sólida se tornou líquida e se esvaiu por esses dois ralos que tenho em minha face e viraram nuvem, que agora molham  o jardim de flores mortas que você plantou ali, no meu quintal.
Essa chuva ácida molha as flores que não renascem e sim, morrem cada vez mais.
Elas esperam o vento frio da solidão levá-las para longe. Ontem foi uma, hoje outra e no fim, um dia, todos serão levadas.
Ali, não muito longe, uma velha varre o quintal repleto de flores e folhas secas levadas pelo vento e,logo após junta-las, ela as incendeia . Essa fumaça negra que sobe, alimenta mais uma nuvem que logo se transformará  em chuva, outra vez.
E assim ,ela se esvai e vira nuvem. E chove novamente, e ela se esvai, e vira nuvem. E assim será...

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