terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O homem.

Ele entrou na vida dele de maneira singular.
Entrou munido de palavras e gestos de amor.
Entrou lambendo as feridas, enxugando lágrimas.
Ele então imperfeito, cobrou perfeição dele.
Disse que não tinha voz, gestos, corpo de homem.
Humilhou, denegriu, excluiu.
Sumiu...
O tempo, senhor de tudo, mostrou a verdade.
Ele tinha corpo de homem e cabeça de moleque.
E dele, de quem disse que era menino, encontrou cabeça de homem.
Um homem que encontrou outro homem, de verdade.
Um homem que não exclui por ser diferente, que ensina a ser de verdade.
Um homem que sabe reconhecer que nem só de qualidades vive o homem.
Um homem, de verdade, um homem, na verdade, o homem, que ele jamais pôde ser.

E.F

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