sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

E o gato borralheiro mais uma vez se apresenta no palco das ilusões...



Mais uma madrugada eu sem saber o que fazer, meio sem rumo, meio sem nexo. Fechar os olhos e encostar a cabeça no travesseiro parece uma solução, mas ao mesmo tempo, se transforma em dúvida, do não saber se, ao fechar os olhos, eles se abrirão novamente.
Na verdade, me sinto de olhos fechados há muito tempo. Olhos fechados para a realidade que esta a minha frente e eu, meio “belo adormecido” não consigo, ou não quero acreditar.
O que me tira o sono a cada dia, é a idéia ou conclusão de que, o mundo ainda é extremamente pequeno para mim e ao mesmo tempo muito grande, cheio de possibilidades e coisas, lugares a ser explorado. Talvez o meu lugar seja pequeno, a minha casa, a minha cidade, o meu corpo.
Mas a idéia de que posso ir muito mais longe do que estou, essa sim, é a grande causadora das minhas insônias. Não me conformo em estar aqui as 01:00hs da madrugada deitado em uma cama... eu podia estar criando, explorando, descobrindo esse mundo pequeno-grande.
Essa insatisfação ora é boa ora é ruim, porque tem o poder  de me fazer crescer ou acordar para o fato de que talvez não haja crescimento, talvez eu não seja tão bom quanto penso e o mundo já tenha percebido isso, menos eu. Talvez eu não escreva assim tão bem, afinal, existe tanta gente escrevendo neste país, no mundo, quem dará foco a um rapaz escondido nos confins do centro oeste? Numa cidade que teria tudo para ser um grande pólo de cultura mas caminha rapidamente para o ostracismo cultural?
Quem sou para querer chegar mais longe do que posso, contrariando toda a profecia de vida lida e relida para mim por toda a vida pela minha família?
Bem, eu respondo. Meu nome é Elmo de Almeida. Eu sei quem sou e sei onde quero chegar e sei que esse é o meu grande dilema. Eu sei onde quero chegar, sei por qual estrada seguir, mas parece que as pedras e as cercas que atravancam este caminho ganham força a medida que caminho e uma força inexplicável, um vento forte desfavorável, me faz sempre recuar para trás, me levando e me colocando em um espaço onde não quero estar. Onde não quero ficar.
A vida é dura. É difícil ser árvore quando você nasceu para ser mar.

Elmo Ferrér

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