quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Nada mais.

Ele vira-se de costas. Tudo que precisa fazer ali já foi feito. Acabou.


Rompe com o passado. Lágrimas de tristeza nunca mais.

Hora de esquecer, de partir para outra, de ser feliz.

De algum modo, não fora feliz com aquela mulher, iludiu-se.

Ingênuo, tolo, um louco perdido no vazio .

Caminhante solitário nas vielas das palavras ilusórias. Habitante do planeta das mentiras e falsas promessas de amor.

Um louco,cego, tão perfeito que tornou-se imperfeito.

Optante da verdade, mentiroso por não mentir.

Triste por amar quem não mereceu. Arrependido por não ter feito as coisas erradas.

Estava errado? Estava com a pessoa errada.

Andando pelas noites tristes e chuvosas da cidade chamada “Ilusão”, decidiu pegar o ônibus com destino ao recomeço. Viagem direta, sem parada.

Súbita vontade de voltar se mistura a de seguir em frente.

O que ficou para trás não foi bonito, não foi mágico, não foi nada. Foram mentiras, omissões, traições, que por muito tempo viveram disfarçados.

E a viagem segue. Pelo vidro embaçado do ônibus vê a cidade se afastar. As luzes se apagam. Hora de dormir para tentar esquecer.

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