sábado, 3 de março de 2012

Dói.

Dói demais pensar em como tudo foi rápido e intenso. Rápido pra você, intenso pra mim.
Dói pensar que neste momento em que encharco meu travesseiro, você já esta em outros braços. Porque pra mim, ainda não terminou.
Não entrei por essa porta, enfrentei um turbilhão de emoções e julgamentos, para sair de uma hora pra outra. Eu quis entrar. Eu quis estar nessa casa, nesse quarto, nessa vida a dois, nesse monólogo que foi estar contigo.
As paredes que  aguentaram meus socos de ira, que sustentaram nossos corpos numa daquelas atrações selvagens... as paredes parecem se desmoronar a cada instante.
Esse jardim... por que está tão seco? Você não tem cuidado?
Se eu ainda estivesse aqui, poderia curar as suas feridas...cuidar das flores.
Doí...!
Pensar que enquanto ando só por essa rua esburacada, nossa cama serve de podium para o seu mais novo troféu.
Eu sento num meio fio qualquer para esperar a dor passar. Eu sei, ela estará de volta daqui há alguns segundos. Eu sei, estou me enganando, achando que passa de vez em quando. Não passa!
A dor não passa.
Por mais que vá embora alguns detalhes de tudo que fomos.
Por mais que o seu cheiro não esteja mais em mim.
A dor não passa. A doença não cura.
Dói pensar que o vazio que sinto só pode ser preenchido por você.
Que esse alimento que sacia minha fome também é o meu veneno.
É o que me mata lentamente e me tira o prazer cotidiano.
Doí. Olhar pra trás e ver tudo o que eu fui um dia, antes de te conhecer.
Olhar pra trás e ver tudo o que fui com você; um nada.
Tudo o que sou sem você ;um nada.
Tudo que sou pra você ; um nada.
Dói!

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