segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Eu digo, não digo!


Sou um refém do orgulho. Sim, orgulhoso até demais. Não sei lidar muito bem com esse lance de correr atrás. Até procuro pra dizer que ainda gosto ou que sinto falta. Mas correr atrás... não! Isso nunca fez parte do meu caminhar. Até porque, correr emagrece e estou evitando perder peso. Apesar de que, é... existem pesos a serem perdidos. Mas esses vão além dos quilos acumulados na cintura pelas comidas maravilhosas que minha mãe fez no natal. Esses pesos são tudo aquilo que carrego em mim e que de certa forma não me serve mais.
Sim, mas como eu dizia, não tenho vocação pra correr atrás. E pra dizer aquilo que eu deveria ter dito há séculos,  pior! As vezes prefiro calar, mesmo sabendo que ainda há muito a ser dito. Orgulho? Orgulho! Radical demais (digo pra mim mesmo o tempo todo), quando saio dificilmente volto, quando digo não dificilmente digo sim. Extremista, intenso, profundo, 08 ou 80. Me lanço da mesma forma que saio: rápido e sem pensar.
Existe um preço a ser pago. Pessoas que se vão e que jamais retornam. Outras que se vão e querem voltar mas não aceito de volta. Palavras que eu queria ter dito mas lembro que já disse e não quero ser repetitivo.
Esse lance de viver é foda né? Não tem manual! Tipo, vai e vive meu filho! Vai quebrar a cara, vai sorrir na segunda e chorar na terça, vai perder tudo em 2014 e ser rico em 2015 e voltar a ser pobre em 2016. Vai perder pessoas, vai ficar confuso, vai...! Ninguém ensina a viver. Alguns te dizem: " não vá por esse caminho", "já passei por isso", "é, eu sei como é". A gente é avisado de algumas coisas. Mas como nossa vida é única, pessoal e intransferível, a gente só aprende a viver, vivendo. E se fodendo.
É, eu me pego confuso boa parte do tempo, acho que só não quando estou dormindo. Eu sou complexado, sou inquieto, quero que tudo aconteça a todo momento e NADA acontece.
Não é fácil me entender. Eu sei, eu sei...!
Mas enfim, estou aqui vivendo, fazer o quê? E como comecei essa postagem dizendo que sou um refém do orgulho, vou dormir mais uma vez sem dizer aquilo que eu queria, apesar de já ter dito tudo e não ter dito nada.
Boa noite!

Nenhum comentário:

Postar um comentário